Enquanto libera R$ 1,26 trilhão para o sistema financeiro, setor mais lucrativo da economia brasileira, disparadamente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ultraliberal raivoso, diz que só estende o pagamento do auxílio emergencial até o fim definitivo da pandemia, como querem os movimentos sociais e os partidos de oposição, se o valor for reduzido dos atuais e irrisórios R$ 600,00 para míseros R$ 200,00.
Pior que agora já não se tem certeza da possibilidade de reverter a situação no Congresso, como ocorreu na criação do auxílio emergencial, pois o Centrão passou a integrar a base governista e a tendência, logicamente, é fechar com a proposta de Guedes. O valor de R$ 200,00 era quanto o governo Bolsonaro queria pagar quando o benefício foi instituído, por pressão de toda sociedade.
Só para esclarecer. As três parcelas do auxílio emergencial para 79,9 milhões de brasileiros somam R$ 154,4 bilhões, ou seja, pouco mais de 12% dos R$ 1,26 trilhão que Bolsonaro e Guedes estão dando aos bancos, que exploram a sociedade com juros escorchantes, alcançam lucros bilionários cada vez mais crescentes e pouco ou quase nada têm contribuído para a superação da pandemia.
É incrível como o governo Bolsonaro trata com desprezo e até certo ódio as camadas da sociedade que mais necessitam da proteção do Estado. O socorro às micro, pequenas e médias empresas continua emperrado. As falências se multiplicam e o desemprego avança. Para Bolsonaro e Guedes, a economia que eles tanto dizem defender se resume aos lucros dos mais ricos. Governança plutocrata. O ultraliberalismo leva, inevitavelmente, à plutocracia.
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