O Brasil bateu mais um recorde de mortes por infecção do coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram registrados mais 600 óbitos. Enquanto disparam o número de novos casos, as subnotificações podem indicar que o país será o próximo epicentro da doença no mundo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o Brasil ocupa o terceiro lugar no mundo de novos casos em 24 horas, com 4.588 novos registros. Diante da gravidade do cenário, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste publicou um boletim no qual recomenda lockdown aos estados e municípios que já atingiram 80% da capacidade de leitos nos hospitais, entre outras medidas.
“É um desserviço imenso, e influencia muito a população”, disse Raquel Stucchi, infectologista da Unicamp e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia. “De um lado, vemos na televisão notícias sobre a pandemia, sobre o coronavírus. De outro, vemos o presidente dando beijinhos, abraços, andando sem máscara e atraindo multidões”, criticou. “A postura do presidente tem dificultado o trabalho de todos que tentam mostrar, a área da saúde e da imprensa, qual é o caminho que deu certo nos outros locais e o que é importante para controlar a transmissão”, ressaltou. (…)
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