Mobilizações, passeatas, e atos públicos marcaram neste domingo (8/03), o Dia Internacional da Mulher. Em Salvador, o ato foi marcado por resistência contra os direitos negados. Com cartazes, faixas e bandeiras as mulheres invadiram às ruas da Barra e foram em direção ao Farol. A secretária de Saúde do Sinposba, Lucineide Sampaio, representou as trabalhadoras em postos de combustíveis no ato.
A vice-presidente da CTB-Bahia Rosa Souza, afirma que os atos do 8 de março (#8M), chamados pela CTB, demais centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais e feministas, foi maior que o de 2019, quando mulheres de todo o Brasil lotaram as ruas do país contra a reforma da Previdência.
Segundo Rosa o 8 de março é uma data importante para alertar a população da importância de defender a Democracia e a Igualdade, “Principalmente depois das falas e ações ameaçadoras de Bolsonaro, e os vários casos de violência contra as mulheres, ressaltou.
As mulheres, são as mais afetadas com a diminuição de investimentos nos serviços públicos, pelas novas regras da aposentadoria e pela flexibilização das leis trabalhistas, também sofreram com a alteração da Lei Maria da Penha e com corte ou extinção de recursos destinados às políticas de enfrentamento à violência contra mulher, como a Casa da Mulher Brasileira
O Brasil assume o quinto lugar no mundo de países que mais matam mulheres, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de assassinatos no país chega a 4,8 para cada 100 mil mulheres. Na Bahia, no último ano, esse número aumentou 36%, tendo as mulheres negras como principal alvo, apontando o cenário fascista, político, econômico e social que atinge com força maior, as mulheres. Os casos de feminicídio não param de crescer, somente em 2019, aumentou em 13% o número de casos.
Em tempos de fascismo e violência às mulheres, só nos resta reagir e resistir por direitos e pela vida. Mulheres, à luta!