O jovem brasileiro ganhou menos trabalhando no final de 2019 do que no ápice da crise econômica. A renda do trabalho da população em geral passou por um processo de recuperação nos últimos 2 anos e meio. Mas as pessoas de 14 a 24 anos ficaram de fora.
No período do 3º trimestre de 2014 ao 2º de 2016, todas as faixas etárias enfrentaram queda nos rendimentos com trabalho. A diferença é que, no caso dos jovens, esse dinheiro nunca voltou.
O levantamento foi feito com base na Pnad Contínua Trimestral do IBGE. Leia aqui (2 MB) a apresentação mais recente do relatório. O índice considera o rendimento de todos os trabalhos de uma mesma pessoa –se um trabalhador tem mais de um emprego, a sua renda é constituída pela soma do que ele recebe em cada um deles.
Proporcionalmente, aumentou a disparidade de rendimentos entre faixas etárias. Em 2019, trabalhadores de 18 a 24 anos recebiam cerca de metade do rendimento médio da população geral. No 3º trimestre de 2014, antes da retração geral, ganhava 56%. Um trabalhador de 14 a 17 anos ganha 1/4 da média; no pré-crise, ganhava 1/3.
A taxa de desocupação de brasileiros de 14 a 24 anos caiu de 25,2% em 2018 para 23,8% em 2019, de acordo com o IBGE. São 3,64 milhões de jovens desempregados, ante 3,93 milhões do ano anterior.
A taxa de desemprego dos jovens esteve pouco acima do dobro da população em geral nos últimos anos: 23,8% contra 11% em 2019. Nos anos anteriores, marcou proporção semelhante: 25,2% ante 11,6% em 2018 e 25,3% contra 11,8% em 2017.
www.ctbbahia.org.br / Fonte: Poder 360
