Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Petroleiros – 17º dia, greve entra na terceira semana com 118 unidades mobilizadas

Petroleiros queimam comunicados de demissão da Petrobras
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Estão paradas 118 unidades, entre elas, 57 plataformas, 24 terminais e todo o parque de refino da empresa: 11 refinarias, SIX (usina de xisto), Lubnor (Lubrificantes do Nordeste), AIG (Guamaré) 

A greve nacional dos petroleiros entra na terceira semana, com novas adesões. Enquanto a direção da Petrobras se nega a dialogar com a FUP, mais trabalhadores se somam ao movimento, pressionando a gestão da empresa para que suspenda as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), que já tiveram início na sexta-feira (14).

Neste final de semana, mais uma plataforma do Norte Fluminense aderiu à greve, que já se estendeu por toda a Bacia de Campos. Até o momento, a operação de 36 das 39 plataformas da região foram  entreguea às equipes de contingência da Petrobras. Continua a mobilização para que as três últimas plataformas da Bacia que ainda não entraram na greve (PRA-1, P-54 e P-65) se somem ao movimento nacional.

Na Bahia, os trabalhadores da Estação de Distribuição de Gás de Camaçari também paralisaram as atividades neste domingo.

A terceira semana de greve, portanto, chega com força e unidade dos trabalhadores do Sistema Petrobras em todo o país. São 118 unidades mobilizadas, entre elas 57 plataformas, 24 terminais e todo o parque de refino da empresa: 11 refinarias, SIX (usina de xisto), Lubnor (Lubrificantes do Nordeste), AIG (Guamaré).

No edifício sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, a Comissão Permanente de Negociação da FUP já está há 17 dias, ocupando uma sala do quarto andar do prédio, cobrando um canal de diálogo com a gestão, na busca do atendimento das reivindicações da categoria.

Do lado de fora do prédio, na Avenida Chile, a Vigília Resistência Petroleira vem arregimentando apoios e participação ativa de diversas outras categorias, organizações populares, estudantes e movimentos sociais, na construção de uma ampla frente de luta em defesa da Petrobras e contra as privatizações.

Em Araucária, petroleiros e petroquímicos da Fafen-PR e suas famílias seguem acampados há 27 dias em frente à fábrica, resistindo ao fechamento da unidade e lutando para reverter as demissões anunciadas pela Petrobras e que já tiveram início no último dia 14.

A greve dos petroleiros já ultrapassou a categoria e cresce diariamente em apoio da sociedade, com movimentos solidários e de luta por todo o país.

Na terça-feira, 18, uma grande marcha nacional em defesa do emprego, da Petrobras e do Brasil será realizada no Rio de Janeiro, com a participação de caravanas de trabalhadores de vários estados. A concentração será a partir das 16h, em frente à sede da Petrobras, onde está instalada a Vigília Resistência Petroleira.

Petroleiros queimam comunicados de demissão da Petrobras

Trabalhadores fizeram ato em 14º dia de greve contra demissões em massa em fábrica no Paraná

No 14º dia de greve, petroleiros rasgaram e queimaram comunicados de demissão enviados pela Petrobras. Desde 1º de fevereiro, os trabalhadores paralisaram para protestar contra a demissão de funcionários da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), na cidade de Araucária.

Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o processo de demissão pode afetar mil trabalhadores da fábrica. A dispensa em massa ocorre após a Petrobras anunciar o fechamento da empresa, em 14 de janeiro. A estatal alega que a empresa, comprada da mineradora Vale em 2013, não apresenta resultados econômicos sustentáveis.

Os petroleiros dizem que a atual gestão da Petrobras não quer negociar. Nesta sexta-feira 14, eles relataram que pelo menos 144 trabalhadores receberam telegramas de convocação para comparecer a hotéis onde seriam feitas as rescisões dos contratos de emprego. Em ato em frente à fábrica, eles rasgaram e queimaram os telegramas. Há 23 dias, os petroleiros estão acampados em frente à Fafen.

A greve nacional dos petroleiros paralisou 116 bases do Sistema Petrobras. São 56 plataformas, 23 terminais, 11 refinarias, 7 campos terrestres, 7 termelétricas, 3 Unidades de Tratamento de Gás (UTGs), 1 usina de biocombustível, 1 fábrica de fertilizantes, 1 fábrica de lubrificantes, 1 usina de processamento de xisto, 2 unidades industriais e 3 bases administrativas. Eles contabilizam 20 mil trabalhadores no movimento.

Na quinta-feira 13, a FUP afirmou que os gestores da estatal podem provocar desabastecimento de combustíveis no país, para culpar os grevistas.

“O objetivo do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, é colocar a população contra nós, trabalhadores, culpando os grevistas por um possível desabastecimento que venha a ocorrer. Se isso acontece, a culpa é da intransigência dos gestores. Por isso, alertamos a população para que fique atenta. A direção da Petrobras poderá provocar de forma premeditada desabastecimentos em algumas regiões do país”, escreveu a Federação.

Os trabalhadores enfrentam uma batalha judicial para manter a greve dentro da legalidade. Em 4 de fevereiro, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que os sindicatos de petroleiros mantenham 90% dos trabalhadores em serviço durante a greve da categoria. A decisão foi reiterada por liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Dias Toffoli.

www.cut.org.br / www.cartacapital.com.br/

 

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