Entender o que está ocorrendo com o SUS e lutar para impedir que sua destruição seja feita por falta de dinheiro é uma questão de cidadania
O corte que o governo pretende aplicar, retirando 9,46 bilhões de reais do Orçamento se ancora na Emenda Constitucional 95, bem conhecida como a PEC da Morte. Ao delimitar um teto de “gastos”, e sem considerar o aumento da população, reduzirá dos já insuficientes 132,2 bilhões previstos para 2020 para 122,9 bilhões. Confirmado à imprensa pela Secretaria do Orçamento Federal, o corte ainda não chegou à Câmara dos Deputados. Mas prevemos que assim como houve impactos com os cortes de 2017/18 e 2018/19, os atuais, se concretizados, aumentam a lista das perdas ocorridas nesse período e que se agravaram no atual governo.
Diante desta notícia, as pessoas que pagam ou usufruem de algum plano de saúde privado podem ter uma sensação de alívio. Mas, para sua tristeza, elas também serão atingidas. Entre os maiores sistemas de saúde pública e universal do mundo, o SUS presta serviços não só em forma de consultas e exames. É o organismo público que fornece as vacinas, fiscaliza alimentos, certifica medicamentos, mantém atendimento de urgência e emergência, realiza transplantes, atravessa florestas e rios para levar o atendimento às populações mais distantes. Além disso, mantém abertos hospitais 24 horas por dia e realiza procedimentos assegurados por lei, como o tratamento de câncer, HIV, reabilitação, e outros. Está disponível a todas as pessoas, mesmo com filas, atrasos e todas as complicações que são conhecidas dos brasileiros e brasileiras.
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