De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres, os pretos, os nordestinos e as pessoas sem instrução escolar são as que recebem os menores salários no Brasil. Os dados foram divulgados agora em outubro e fazem parte do módulo ‘Rendimento de Todas as Fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2018’.
No ano passado, o rendimento médio real dos homens foi de R$ 2.460 por mês, enquanto o das mulheres foi de R$ 1.938. A desigualdade salarial entre gêneros é de 21,2%. No início da série histórica, em 2012, os valores respectivos eram de R$ 2.396 e R$ 1.765, e a diferença era de 26,3%.
A desigualdade salarial entre gêneros é mais acentuada nas regiões Sul (28,7%) e Sudeste (26,82%). O rendimento médio mensal de todos os brasileiros foi de R$ 2.234 em 2018, e em 2017 havia sido de R$ 2.107.
Fazendo um recorte de raça, os brancos ganharam 42,7% a mais do que pardos e 43,5% mais que pretos no país. O rendimento mensal médio dos brancos foi de R$ 2.897, o dos pardos foi de R$ 1.659 e o de pretos, de R$ 1.636.
Em relação à educação, pessoas com o ensino superior completo receberam em média R$ 4.997 em 2018, enquanto as que têm apenas o ensino médio completo receberam R$ 1.755. Os trabalhadores sem instrução receberam, em média, R$ 856.
As desigualdades também são notáveis de uma região para outra do país. Enquanto os profissionais do Sudeste, do Centro-Oeste e do Sul receberam mensalmente em média R$ 2.572, R$ 2.480 e R$ 2.428, respectivamente, os trabalhadores do Norte e Nordeste ganharam e R$ 1.735 e R$ 1.497, respectivamente.
www.observatorio3setor.org.br/Por: Isabela Alves