Ativistas da organização Greenpeace protestaram nesta quarta-feira (23), em Brasília, contra a negligência do governo de Jair Bolsonaro (PSL) em relação ao maior desastre ambiental no litoral brasileiro, o derramamento de óleo cru que se espalha pela costa dos nove estados do Nordeste. Até agora, o Ministério do Meio Ambiente desconhece as origens do óleo que desde agosto avança sobre o oceano, atingindo diversas praias da região. Tampouco tem adotado medidas efetivas para barrar seu avanço, a contaminação e pela limpeza das águas e das areias.
Para chamar atenção, os ativistas reproduziram o cenário desolador de uma praia tomada pelo óleo e trouxeram muitos troncos, simbolizando as florestas. Os manifestantes também levaram troncos para lembrar as queimadas na floresta Amazônica e no Cerrado, as maiores da história, motivadas pelo discurso do governo, e que ainda não foram totalmente controladas.
“Enquanto o óleo se espalha, o governo Bolsonaro segue realizando leilões e oferecendo mais de dois mil blocos de petróleo em diversas áreas sensíveis social e ambientalmente, da costa brasileira à floresta amazônica”, disse Thiago Almeida, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. “Vivemos uma emergência climática, precisamos abandonar os combustíveis fósseis e acelerar a transição para uma matriz energética 100% limpa e renovável”.
Ainda segundo a organização, a demora em combater e mitigar o maior desastre de petróleo do país em extensão prova que o governo federal não está preparado para responder a derramamentos como esse, deixando nossos oceanos ainda mais ameaçados.
Apesar de o governo federal não ter apresentado nenhum plano para frear o desastre ambiental, Salles recentemente provocou o Greenpeace. Usou seu Twitter para dizer que a organização não “somou” na limpeza das praias – lideradas por moradores das regiões afetadas.
Em resposta, o Greenpeace disse que “no lugar de agir de forma concreta, o ministro prefere culpar ONGs”. A entidade diz que a publicação do chefe da pasta é mentirosa e serve para desviar a atenção da inação e incompetência do governo federal.
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