Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ segunda-feira, julho 1, 2024
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Sinposba presente – Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

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25 DE JULHO – Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha “25 de julho de 1992 foi defendido como dia de luta, reflexão e resistência da mulher negra latino-americana e caribenha contra todas as formas de opressão que as atingem. É um momento para denunciar e combater o racismo e o machismo, também de reafirmar a trajetória de luta de nossas ancestrais, mulheres que foram arrancadas de suas famílias, sociedades, culturas, modos de viver na África e que criaram e recriaram um modo de vida nas Américas.”

Secretária de Saúde do Sinposba, Lucineide Sampaio, e o diretor Wilson Conceição, participaram da Marcha, quinta-feira, 25 de julho, nas ruas do Centro de Salvador

“Com o objetivo de reforçar o dia da Mulher Afro Latino-Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, e em atenção às pautas dos movimentos de mulheres negras brasileiras, a então presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 12.987/2014, que define a mesma data como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Tereza de Benguela foi uma líder quilombola que viveu no Brasil durante o século 18 no estado do Mato Grosso. Com a morte de seu companheiro, passou a liderar o Quilombo do Piolho, entre 1750 e 1770. Durante duas décadas, o quilombo sob sua liderança reuniu mais de cem pessoas entre negros e índios. Além de resistirem fortemente à escravidão, desenvolveram uma sólida organização social.

Pautar Teresa de Benguela, as mulheres negras, afro-latino-americanas e caribenhas, através da instituição de um dia de luta, é sem sombra de dúvidas, um importante mecanismo para que as mulheres negras brasileiras tenham a oportunidade de fortalecer o seu senso de identidade, reconhecendo-se na história de inúmeras mulheres negras que foram protagonistas na luta por liberdade e direitos, no entanto, foram silenciadas e invisibilizadas pela historiografia oficial.”

Hoje é celebrado o Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha

No dia 25 de julho é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. O dia tem como objetivo ampliar e fortalecer a união e a mobilização das mulheres negras no continente, a data foi criada após o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992.

Esse é o mês de lembrar à população brasileira, das mulheres negras que foram fundamentais na construção do país e que ainda hoje são invisibilizadas pelo machismo e pelo racismo. Mas é também um mês para lembrar que os impactos das reformas promovidas pelo governo golpista que já vêm provocando mudanças significativas na vida de mulheres negras.

O Secretario de Combate ao Racismo da CTB Bahia, Jerônimo da Silva, fala da importância da data. “Está data é muito importante, dia de fortalecer ás organizações de mulheres negras do nosso país para que todos nós juntos, possamos construir estratégias na luta contra o racismo, discriminação, preconceito, todas as desigualdades raciais e sociais, um dia como este devemos debater e falar mais sobre a identidade da mulher negra brasileira”.

Julho das Pretas: Reforma da Previdência e mulher negra

Julho das Pretas: Reforma da Previdência e mulher negra

Como parte da campanha Julho das Pretas, a CTB Bahia realizou nesta quarta-feira (24), um debate sobre os impactos da Reforma da Previdência na vida das mulheres negras. O evento foi realizado no auditório da ASSUFBA Sindicato e teve como palestrantes Ana Georgina supervisora Técnica do Escritório Regional do Dieese e Ângela Guimarães, presidente nacional da UNEGRO.

“De acordo com pesquisas, a expectativa de vida das mulheres negras é de 69,5 anos, então a maior parte das mulheres negras terá pouco tempo de vida para desfrutar do benefício previdenciário, os impactos da reforma para as mulheres concluem que diante dessa realidade, agravada pela desigualdade racial, muitas mulheres não vão atingir sequer a idade proposta para a aposentadoria”, destacou Ângela Guimarães, presidente nacional da UNEGRO.

“Esta é uma reforma que prejudica todos os trabalhadores em geral, mas as mulheres e principalmente as negras são as mais afetadas. Entre as diversas mudanças propostas pela reforma e que afetam a população feminina, está a elevação da idade mínima. Para as trabalhadoras urbanas, a idade deve subir de 60 para 62 anos, enquanto para as trabalhadoras rurais, o aumento proposto é ainda maior, de 55 para 60 anos”, ressalta Ana Georgina supervisora Técnica do Escritório Regional do Dieese.

A secretária da Mulher Trabalhadora da CTB Bahia Marilene Betros falou da importância da realização do debate. “Esse debate foi uma atividade que faz parte do julho das Pretas. É importante destacar que a proposta da reforma da previdência em discussão na Câmara Federal afetará todos os/os brasileiros/os, de forma ainda mais severa as mulheres negras, pois estas são as que mais sofrem com a falta de proteção trabalhista, com a desigualdade salarial e o desemprego. São a maioria do mercado informal, começam a trabalhar bem cedo e sem carteira assinada. Nós vamos continuar na luta contra a reforma da previdência”.

Marcivaldo Santos Ascom CTB Bahia

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