
Dois milhões de brasileiros voltaram à extrema pobreza. Para o Banco Mundial, enquadra-se na situação de pobreza extrema quem vive com menos de US$ 1,90 por dia ou R$ 133,72 por mês.
Poucos dias depois de o presidente afirmar que não existe fome no Brasil, e que “não se vê gente, mesmo pobre, pelas ruas, com físico esquelético”, um dado para alertar o desavisado do chefe do Planalto. Após anos em queda, dois milhões de brasileiros voltaram à extrema pobreza no país.
após Bolsonaro dizer que passar fome no Brasil é uma grande mentira, um dado para desmentir o presidente. Desde 2016, dois milhões de brasileiros voltaram à extrema pobreza, ou seja, vivem com o equivalente a R$ 7,00 por dia. O número saiu de 13,5 milhões para 15,2 milhões entre 2016 e 2018.
Depois de mais de uma década reduzindo a desigualdade social, um problema secular, o Brasil despenca a ladeira e milhões de pessoas já não sabem mais onde vão dormir hoje nem se ao menos vão fazer alguma refeição no dia.
A situação piora se consideradas as famílias que vivem com menos de R$ 406,00 por mês. O total subiu de 53,7 milhões para 55,4 milhões. Este é o contingente de miseráveis lançados à própria sorte em um país que optou por degradar toda a rede de proteção social criada pelos governos Lula e Dilma Rousseff em nome de um falso combate à corrupção.
O fato é que hoje o Brasil reza a cartilha do grande capital, que não está preocupado em reduzir as desigualdades sociais. O que sustenta o capitalismo selvagem são as diferenças sociais, a concentração de riqueza. Os dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas) ajudam a elucidar.
Nos últimos três anos, o desemprego arrasou os ganhos dos mais pobres e aumentou o dos mais abastados. A renda dos 10% mais ricos cresceu 3,3%. Já a fatia mais vulnerável da população amarga uma perda acumulada de mais de 20%.
www.bancariosbahia.org.br / Rose Lima