Após o anúncio de mais uma demissão em massa no Complexo Industrial Ford Nordeste, onde 700 trabalhadores serão desligados de suas funções, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, se pronuncia sobre o assunto.
O presidente informa que as demissões se devem à readequação que a montadora está fazendo no volume de produção o que, consequentemente, exige um corte na quantidade de pessoas, e interfere na projeção de lucro da Ford na América do Sul com impactos e perdas equivalentes a $ 600 milhões de dólares , sendo que cerca de $ 300 milhões, somente no Brasil. Ele também afirma que algumas informações como redução de salário, extinção da PLR e mudança do Plano de Saúde para uma rede inferior, fazem parte de uma série de boatos que têm se espalhado pela fábrica, e pede para que a classe mantenha a tranquilidade necessária a fim de evitar o desespero e a tomada de decisões precipitadas.
Das 700 demissões, 450 seriam de funcionários diretos da Ford e as outras 250 de operários das empresas parceiras que atuam dentro do Complexo. No entanto, Bonfim explica que o sindicato já estuda novas formas de evitar as demissões garantindo a empregabilidade e ressalta a importância de que todos estejam unidos. “Sem pressão, sem terrorismo. Precisamos ter direcionamento. As negociações estão extremamente difíceis, mas somos trabalhadores, temos capacidade e força. Se precisar ir pra greve, vamos pra greve. Se precisar mobilizar, vamos mobilizar, mas faremos tudo sem precarizar nossos direitos!”, diz.
Fonte: Nossa Metrópole