Cerca de 35 milhões de brasileiros trabalham hoje na informalidade, com empregos sem carteira assinada (11,5 milhões) ou trabalhando por conta própria (23,5 milhões).
Esse é o maior número de empregados nessa situação já medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde que a nova metodologia passou a separar trabalhadores autônomos com e sem CNPJ, em 2015.
As duas modalidades de trabalho batem recorde no Brasil, segundo dados do trimestre entre junho e setembro, da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgados pelo IBGE.
A informalidade medida pelo instituto soma pessoas sem registro nos setores público e privado, pessoas que trabalham por conta própria, porém sem CNPJ e também trabalhadores domésticos sem carteira de trabalho.
De acordo com o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, avança no Brasil um mercado de trabalho em que predomina a informalidade, o que prejudica o financiamento da previdência pública e, principalmente, os próprios trabalhadores, que ficam sem nenhuma assistência.
“Ao não ter o registro, eles não têm os direitos previstos na legislação. Não têm o direito a 13º salário, férias, Previdência Social, afastamento na maternidade, afastamento por problemas de saúde. Não têm direito a nenhuma proteção que o estado brasileiro oferece aos trabalhadores”, afirmou em entrevista à Rede Brasil Atual.
De acordo com a pesquisa, a população com trabalho aumentou em 1,5% (1,3 milhão de pessoas a mais) entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano, chegando a 92,6 milhões de trabalhadores.
Já a taxa de desocupação caiu de 12,4% para 11,9%, queda de 3,7% (474 mil a menos), totalizando 12,5 milhões de desempregados.
Portal CTB