Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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RETROCESSO

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A vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais significa o coroamento e aprofundamento do golpe de Estado de 2016, que deflagrou uma ofensiva inédita contra os interesses da classe trabalhadora, a democracia e a soberania nacional, semeando o ódio de classes e a intolerância social, particularmente contra pobres e minorias.

Político de vocação fascista, Bolsonaro é o homem das classes dominantes, que contou com o apoio e financiamento ilegal dos empresários, da grande mídia, e destacadamente dos EUA. Valeu-se de uma campanha mentirosa, demagógica e desleal.

A agenda do líder da extrema direita, que desperta indignação em todo o mundo, é ditada pelos banqueiros, grandes capitalistas e multinacionais. No plano econômico, acena com a radicalização da política fiscal imposta pelo governo golpista de Temer, preservando o congelamento dos investimentos e zerando o déficit público primário,o que significa cortes ainda mais drásticos no orçamento da saúde, educação, habitação, infraestrutura, e mais arrocho para o funcionalismo. Tenciona privatizar os bancos públicos, a Eletrobras e outras empresas, que provavelmente serão entregues ao capital estrangeiro.

Propõe a instituição de uma nova carteira de trabalho sem as garantias da CLT, cujas normas seriam definidas pela negociação individual entre patrão e empregado, sem a
intermediação dos sindicatos. Além de de fender o regime militar e a prática de torturas, o presidente eleito pelo PSL prometeu tipificar ações dos movimentos sociais, nomeadamente do MST e MTST, como “terroristas”, criminalizando e reprimindo com dureza as lutas sociais. Ele bateu continências à bandeira dos EUA, em Miami, e prometeu lealdade ao presidente Donald Trump, o que significa atrelar a política externa do Brasil ao projeto imperialista de Washington.

O caminho da classe trabalhadora e seus representantes é o da resistência enérgica contra a nova onda de retrocessos anunciada pelo resultado final do pleito. Urge formar
uma ampla frente democrática e popular em defesa da democracia, dos interesses sociais e da soberania nacional. A luta continua.

Editorial do Jornal da  CTB 29/10/2018

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