A política de austeridade imposta pelo grande capital depois da crise econômica mundial aumenta a miséria em todos os continentes. Mais de 821 milhões de pessoas não realizaram a quantidade de refeições necessárias indicadas para as atividades diárias. Os dados são da ONU (Organização das Nações Unidas) e se referem à 2017.
O cenário compromete a meta de acabar com a fome no mundo até 2030. O Brasil é citado no estudo como um exemplo dos que estão dando passos para trás. O país chegou a reduzir o número de famílias na miséria entre 2003 e 2014, mas, desde 2016, com a intensificação da política de austeridade, o cenário vem mudando para pior.
Hoje, cerca de 5 milhões de pessoas passaram a viver em situação de insegurança alimentar no país. O crescimento acontece devido a crise econômica e política, intensificada pelas elites brasileiras, e a redução dos investimentos necessários para os pequenos agricultores familiares, os mais atingidos, e principalmente de políticas sociais.
O estudo conclui que, na verdade, não falta alimento no mundo, e, sim, interesse político em investir em programas de combate a fome. Como exemplo cita o gasto anual com armamento, que chega a US$ 1,500 trilhão em todo o mundo, enquanto que os recursos com políticas sociais não passam de 2% desse valor.