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/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Diretores do Sinposba participam de palestra sobre prevenção ao suicídio

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O presidente e o diretor do Sinposba, respectivamente Antonio do Lago e Daniel Conceição, participaram sábado, 15 de setembro, de palestra sobre a prevenção ao suicídio, promovida pelo Sindicato dos Bancários da Bahia como atividade da Campanha Setembro Amarelo.

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Sindicato da Bahia na luta contra o assédio moral

Suicídio ainda é um tema tabu. E quando se trata de assédio moral, a última conseqüência é justamente por fim à própria vida. É necessário pautar o que leva ao adoecimento do indivíduo. Pensando nisso, o Sindicato dos Bancários da Bahia promoveu, no sábado (15/09) a palestra Assédio e Adoecimento Psicológico na categoria bancária, evento que engloba o Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio.

As pessoas foram chegando aos poucos e lotaram o teatro Raul Seixas, provando o interesse em saber mais sobre o tema. E não é por acaso. A categoria bancária apresenta altos dos índices de transtornos mentais, e é a terceira categoria em índices de suicídio do país, atrás somente de médicos e policiais.

Os presentes relataram já terem visto algum tipo de assédio. A maioria preferia não se identificar, com medo de retaliação. Alguns, inclusive, já entraram em contato com o Sindicato para denunciar e receber apoio.

Uma das convidadas, a promotora do MPT, Ana Emilia Albuquerque, destacou a atuação do Ministério Público do Trabalho na avaliação e investigação nas denúncias recebidas. Explicou que a maneira como as empresas se organizam é justamente a maior forma de assédio, limitando e controlando o trabalhador. Para ela, uma das melhores formas de prevenir o suicídio é a solidariedade. “Quando você identifica que um colega está sendo assediado e já sofre com as conseqüências da violência, é sua obrigação também denunciar”.

A médica da Fundacentro, Cristiane Maria Galvão, diferenciou o assédio da violência moral. Ambas devem ser denunciadas. A diferença está na repetição da violência, em que se torna um assédio.

Para a médica do Cesat, Suerda Fortaleza, destacou a importância da notificação dos transtornos mentais. Somente com os dados é possível fazer intervenções nos bancos. Lembrou ainda que é obrigação das empresas reabilitar as pessoas que foram afastadas.

Quem também esteve no evento foi o presidente licenciado do Sindicato, Augusto Vasconcelos, que reafirmou o compromisso não somente com a causa, mas também com a prevenção ao suicídio. “Os índices de suicídio nos períodos de crise econômica, em geral, tem muita relação com a sensação da perda de emprego, ameaça de descomissionamento”.

Como um momento lúdico, mas ainda dentro do tema, a poetisa Ametista Nunes recitou Coisificada, versos que falava o quanto nos equilibramos entre a sanidade e loucura do dia-a-dia. O evento foi um sucesso. Por fim, as pessoas interagiram, tirando dúvidas e trazendo experiências de como vivenciam o assédio nas agências bancarias, e como superaram traumas. Foi um momento de fortalecimento mútuo contra a estrutura criada para oprimir trabalhadores.

Fonte: www.bancariosbahia.org.br

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