O futebol sempre foi usado como um instrumento político; e a paixão do brasileiro pela Seleção sempre foi explorada nos momentos de Copas do Mundo, quando o sentimento de “Pátria de chuteiras” toma conta do Brasil, passando a ideia de que tudo vai bem, e que é preciso estarmos unidos, que vivemos em paz e em uma grande Nação.
Cenário desolador
Estamos em luta permanente diante da perda das garantias trabalhistas e sociais, promovida pelo golpe político de 2016. Existe uma crise institucional; preços exorbitantes nos mercados, política de reajuste dos combustíveis insustentável, desemprego em alta e os patrões cada vez mais intransigentes.
Verde e amarelo
Os escândalos de corrupção na CBF aranharam a imagem do futebol e da Seleção; o sentimento de parte dos brasileiros é que esta instituição falida e autoritária não nos representa. O 7 a 1 e o não legado da Copa de 2014 não nos anima a torcer. E para piorar, ainda mais, o cenário desolador, a camisa amarela da seleção foi usada como instrumento político de reacionários “manifestoches”, no golpe que destituiu uma presidente democraticamente eleita.
Grito de gol
No entanto, é possível, apesar das diversas contradições de sentimentos políticos, conciliar nossa paixão nacional pelo futebol, nossa vibração na hora do gol, com nosso senso crítico e consciência de classe, de saber que só a luta diária, nossa organização de trabalhadores, resgatará direitos e nossa autoestima de brasileiros que não desistem nunca!
Portanto, não podemos entregar nossas cores, nosso símbolos, nossos sonhos aos usurpadores. Vamos torcer pela Seleção Brasileira sem descuidar do bolso, sem esquecer que o desgoverno Temer e os patrões não vão aliviar na exploração, na retirada de direitos sociais e trabalhistas, porque a luta continua e nosso time joga pra ganhar!
Ascom Sinposba