“A classe trabalhadora não irá pagar essa conta”, avisa o presidente da CTB, Adilson Araújo, ao comentar saída proposta pelo governo que repassa redução do preço do óleo diesel para os trabalhadores. As discussões sobre as propostas serão discutidas nesta semana no Congresso Nacional.
“A luta não é apenas pela redução do preço do diesel é também pela redução da gasolina e do gás de cozinha. Hoje, mais de 1,3 milhão de brasileiros não podem comprar um botijão de gás. Isso é um absurdo”, critica Adilson.
Debate no Senado
Foram debatidas no Senado Federal 3 medidas provisórias relativas à pauta e que tiveram suas comissões mistas instaladas na quarta (13): a MPV 836/2018, que revoga a tributação do PIS/PASEP e da Cofins que incide na nafta e outros produtos petroquímicos da cadeia de produção do óleo diesel; a MPV 837/2018, que indeniza os policiais rodoviários federais que estavam de repouso e trabalharam durante a greve; e a MPV 838/2018, que concede uma subvenção de até R$ 9,5 bilhões para compensar a Petrobras e todos os comerciantes e importadores de óleo diesel pela redução de R$ 0,46 no preço final ao consumidor.
Essas três MPs, além da MPV 839/2018, foram editadas pela Presidência da República como parte das negociações para o encerramento da greve dos caminhoneiros, ocorrida no mês passado.
“Somos a favor da redução do preço do óleo diesel e também da gasolina e do gás de cozinha, mas não permitiremos que essa redução seja feita do jeito como foi proposto pelo Executivo”, afirmou o líder do PT, Paulo Pimenta (RS), ao comentar a questão. Pimenta ainda destacou que a oposição está com um grupo atuante de parlamentares participando das comissões especiais criadas para apreciar estas matérias e à frente das discussões. Afirmou ainda, que serão oferecidas outras alternativas em contraponto ao que foi proposto por estes textos.
Saldos do golpe
Ao comentar a política de reajustes de preços dos combustíveis, o vice-presidente da CTB e dirigente da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Divanilton Pereira afirmou que “na verdade o povo está pagando mais uma conta econômica do golpe, pois desde que o tucano Pedro Parente – aquele Ministro do apagão de FHC – assumiu a Presidência da Petrobras em 2016, colocou em execução um novo planejamento estratégico da Petrobras. Este tem como objetivo principal a privatização da estatal”.
Pereiria ainda destacou que dentro desse processo, “um dos pilares é a venda das refinarias brasileiras, que hoje deliberadamente produzem apenas com 70% de suas capacidades, estimulando assim o aumento das importações de derivados. Para atrair e entregar esse mercado às empresas estrangeiras, a atual gestão da Petrobras, obedecendo as exigência delas, aplica uma política de preços dolarizada, ou seja, submetida as flutuações externas de mercado”.
Portal CTB