O mito de que o idoso é apenas um “fardo” está longe de refletir a realidade brasileira. Em um mercado de trabalho cada vez mais incerto, o número de famílias chefiadas por idosos só cresce, obviamente com a renda garantida da própria aposentadoria.
Segundo o IBGE, 12,2 milhões de idosos em 2006 foram denominados provedores da família. Em 2015 eram 17 milhões. O número de domicílios em que os benefícios respondem por mais de 75% da renda cresceu 12% entre 2016 e 2017, grande parte por causa do desemprego e do aumento da informalidade, afirma um levantamento da LCA Consultores.
A reforma da Previdência tende a mudar drasticamente esse cenário. Com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC06/2019), os trabalhadores, em especial os aposentados por invalidez serão afetados com uma redução de até 40% do valor dos benefícios.
A medida estabelece ainda que o INSS levará em conta todos os salários que o trabalhador recebeu. Mas, para receber 100%, o mesmo só conseguirá adquirir a incapacidade permanente após completar 40 anos de contribuição. Acabando com as expectativas dos responsáveis por colocar o pão na mesa.
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