A realidade da classe trabalhadora do Brasil, nos seis primeiros meses de 2019, não mudou em nada. As situações econômica e política, para nós trabalhadores, continuam desfavoráveis com a retirada de direitos e a precarização das relações de trabalho, oficializadas através da reforma trabalhista, dificultando enormemente as negociações das campanhas salarias de diversas categorias para a manutenção de direitos e a conquista de novos.
As ações do Governo Federal só visam prejudicar a aposentadoria e os benefícios de todos os trabalhadores, com a proposta de reforma da Previdência Social (PEC 6/19), e a edição da Medida Provisória 873, que ataca e inviabiliza a sustentação das entidades sindicais, porque encontrou forte reação dos sindicatos à tentativa de acabar com a aposentadoria dos trabalhadores de carteira assinada e servidores públicos federais. O que deram aos patrões, em todo o País, larga margem e vantagens para dificultar a assinatura de acordos, ameaçar com desemprego e reajuste irrisórios as trabalhadoras e trabalhadores brasileiros.
RESISTÊNCIA
A data-base da nossa categoria é 1º de maio; e foi justamente nesse cenário que nossa Campanha Salarial começou e as negociações, entre o Sinposba e o Sindicombustíveis, aconteceram e os patrões encontraram forte resistência às suas investidas.
O presidente do Sinposba conta que os patrões queriam implementar a flexibilização dos avanços do Anexo II da NR9, que visa um ambiente de trabalho saudável para os trabalhadores e trabalhadoras em postos de combustíveis da Bahia, além de modificar cláusulas da nossa Convenção; insistiam também em incluir uma cláusula afirmando que existe limite de tolerância ao benzeno, e que os postos estão dentro do limite de convivência. Acontece que isso não é verdade; pois não existem estudos que comprovem tal afirmação, muito pelo contrário, a exposição aos produtos requer tratamento adequado para todos os profissionais que convivem no ambiente dos postos, motivo esse que nos levou à Justiça com ação para implantação da Assistência à Saúde.” Afirma Antônio do Lago.
REAJUSTES RETROATIVOS A MAIO
A assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho 2019/2020 aconteceu na sexta, 28 de junho, resultando na proposta de reajuste salarial de 5%, retroativo ao mês de maio, ajuda alimentação mensal de R$310,00 (trezentos e dez reais) também retroativo a maio, não inclusão da questão do benzeno, a manutenção das demais cláusulas, e a questão da Assistência à Saúde encontra-se na esfera jurídica, aguardando decisão judicial.
Editorial
Em defesa da nossa profissão e aposentadoria
O Governo Federal quer inviabilizar nossa reação atacando os sindicatos para facilitar a aprovação da reforma da Previdência, cujo conteúdo é lesivo à sociedade ao propor a privatização da Previdência Social, ao instituir a capitalização, que funciona como uma poupança pessoal e não tem contribuição patronal nem recursos dos impostos da União para garantir o pagamento dos benefícios.
Engana-se, nós vamos continuar reagindo com lutas em todo o Brasil; e o sucesso da Greve Geral em 14 de junho, convocada pelas centrais sindicais, foi mais um exemplo de que não vamos aguardar passivos o fim das nossas aposentadorias, que contribuímos financeiramente a vida toda para termos esse direito, e que queremos viver com dignidade após aposentarmos.
Nossa categoria está sofrendo, mais uma vez, um ataque com a ameaça da implantação do autosserviço nos postos, que pode desempregar mais de 500 mil frentistas no Brasil. A Diretoria do Sinposba reafirma seu compromisso com a categoria dos trabalhadores e trabalhadoras em postos de combustíveis afirmando: onde houver luta e resistência lá estaremos!
Antônio do Lago – Presidente do Sinposba
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