O brasileiro terá de viver a luz de velas, e não será para um jantar romântico. É a conta de luz mesmo que está ficando mais cara. Aliás, bem mais salgada. O aumento será de até 50% e o brasileiro não terá muito tempo para se preparar, pois o reajuste é em junho, segundo aprovação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
É bom o cidadão segurar o bolso, porque tem mais arrocho por aí. A alta da luz vai acarretar o aumento da inflação, já que o gás de cozinha, combustível e os alimentos também subiram.
De acordo com a Aneel, o reajuste acontece em períodos de pouca chuva, quando as hidrelétricas não dão conta da demanda e é preciso utilizar a energia gerada pelas termelétricas, de custo mais elevado.
O nível mais alto de uso de energia das termelétricas, a bandeira vermelha patamar 2, passará de R$ 5,00 a cada 100 quilowatts-hora (KWh) consumidos para R$ 6,00 no dia 1º de junho. Já a bandeira amarela saiu de R$ 1,00 a cada 100 KWh para R$ 1,50, um aumento de 50%.
Embora a Aneel use o período de pouca chuva para aumentar a conta de luz, se engana quem pensa que será temporário, até a situação se regularizar. Uma possível redução das tarifas está descartada.
Desde inicio do ano, as esperanças de equilíbrio financeiro do país vão minguando. Com uma elevada taxa de desemprego, fica difícil manter as contas em dia, já que os produtos não param de subir. O preço do gás de cozinha teve dois aumentos neste ano, subindo quase 5%. Para piorar, o Banco Central elevou a expectativa de inflação para este ano, de 4,04% para 4,07%, podendo aumentar mais até dezembro.