Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Campanha “Quero viver depois de trabalhar” defende a aposentadoria

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A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e sindicatos de todo o país lançam a campanha “Quero viver depois de trabalhar” em defesa da previdência pública e do direito à aposentadoria.

Principal tema do debate público atualmente no Brasil, a proposta de Reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro está sendo negada pela maioria dos brasileiros e brasileiras, como atestam as últimas pesquisas de opinião de institutos como o Datafolha e o Vox Populi. Representando esse sentimento e mobilizando a população a se manifestar contra essa reforma, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) lançou a campanha “Quero viver depois de trabalhar – Não mexa na minha aposentadoria, um movimento que busca alertar o público em geral sobre os riscos dessa reforma e a ameaça do fim das aposentadorias.

Em um contexto de envelhecimento da população e de graves ataques aos direitos sociais básicos, a campanha catalisa a expectativa de milhões de pessoas trabalhadoras, principalmente as mais pobres, de poderem viver com dignidade após todos os seus anos de atividade. Segundo o presidente da CTB, Adilson Araújo, o movimento sindical tem a responsabilidade de  mostrar, à maioria da população com menos renda e recursos, que ela é a principal prejudicada com as mudanças na Previdência que serão votadas pelo Congresso Nacional.

“É um retrocesso que joga o ônus da crise sobre a classe trabalhadora. Não vai tirar o Brasil dessa situação financeira e sim preservar os privilégios de alguns setores, enquanto ignora a dívida de empresas privadas com a Previdência. O projeto do governo é promover um desmonte da seguridade social”, denuncia.


De acordo com o próprio texto da Proposta de Emenda Constitucional 6/2019, que é o projeto da reforma em andamento, mais de 90% dos valores que o governo espera cortar do sistema previdenciário são do chamado Regime Geral de Previdência Social, ou seja, o que reúne a imensa maioria dos trabalhadores pobres e que recebem aposentadorias de um ou dois salários mínimos.

Redes, site e cartilha

A campanha “Quero viver depois de trabalhar” será composta de peças gráficas como cartazes, folhetos e uma cartilha com pontos explicativos sobre de que forma o trabalhador brasileiro será prejudicado com a reforma. A campanha também terá vídeos, ações nas redes sociais e um site para tirar dúvidas sobre o tema, auxiliando as pessoas, com uma calculadora online, a medirem as diferenças do atual sistema e do novo em relação ao tempo de aposentadoria.

Os perigos da “reforma”

Entre os perigos do projeto de reforma da previdência, a CTB e as centrais sindicais também denunciam o enfraquecimento da aposentadoria rural, o desmonte do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que promove o apoio a indivíduos em situação de pobreza extrema, o fim da aposentadoria por tempo de contribuição e a proposta de capitalização da previdência pública no Brasil, que já se mostrou desastrosa em outros países como o Chile e contribui para a degradação das condições sociais da população idosa.

A CTB e o movimento sindical também combatem o falso argumento do governo federal e do ministro da economia, Paulo Guedes, de que há um déficit na Previdência, reivindicando que ela seja contemplada devidamente como parte do sistema de seguridade social brasileiro e que seja garantida como prevê a Constituição Federal para a proteção da vida e da dignidade dos milhões de brasileiros e brasileiras.

NÃO MEXA NA MINHA APOSENTADORIA

Ninguém quer trabalhar até morrer. Ninguém quer perder uma vida inteira apenas com o desgaste das atividades diárias, sem ter o direito de descansar, ter uma aposentadoria justa, envelhecer com saúde, dignidade e respeito junto aos seus familiares.

O Brasil quer viver, mas infelizmente a Reforma da Previdência de Jair Bolsonaro, que será votada pelos deputados e senadores do Congresso Nacional, pode acabar com as chances dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, principalmente os mais pobres, de conseguirem as suas aposentadorias.

A reforma de Bolsonaro é ainda pior do que a de Michel Temer. Se ela for aprovada, não haverá outra alternativa aos trabalhadores pobres a não ser continuar trabalhando até a morte.

A sua vida é o seu bem mais valioso. Da vida a gente não leva nada, apenas a lembrança dos momentos que nos restaram. Não deixe que tirem a sua vida de você, logo na idade em que mais precisará dela.

Diga não a essa reforma. Junte-se à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) na campanha “Quero Viver Depois de Trabalhar”.

 

Saiba mais em:

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