8 de março, Dia Internacional da Mulher. Lugar de Mulher é no Sindicato, na luta por um mundo melhor e onde ela quiser! Nossa homenagem às mulheres trabalhadoras em postos de combustíveis é não fugir à luta, é ter voz e atitude por nossos direitos. Mulheres à Luta!
UMA DATA DE MUITAS HISTÓRIAS
As comemorações do 8 de março estão mundialmente vinculadas às reivindicações femininas por melhores condições de trabalho, por uma vida mais digna e sociedades mais justas e igualitárias. Essa luta é antiga e contou com a força de inúmeras mulheres que nos vários momentos da história da humanidade resistiram ao machismo e à discriminação.
Todos os anos o Sinposba homenageia as mulheres brasileiras, estas guerreiras que ao longo dos anos vem ocupando cada vez mais espaço na sociedade e no mundo do trabalho; especialmente as trabalhadoras em postos de combustíveis da Bahia, que superando todo tipo de preconceito conquistaram respeito e se destacam em funções antes exclusivamente masculinas. Essas mulheres, mães e filhas, enfrentam duplas e triplas jornadas – trabalho, estudo, nas tarefas domésticas e cuidados com os filhos.
No entanto, apesar de todos os avanços da participação das mulheres na sociedade, elas ainda sofrem discriminação nos seus direitos e na comparação com os homens quando se trata de condições de trabalho – salários, benefícios e promoções.
As mulheres brasileiras lutaram, e lutam, para conquistarem direitos que ampliem suas participações políticas e sociais, garantindo-lhes suas cidadanias plenas, e pelo ideal de uma sociedade onde mulheres e homens tenham igualdade de direitos, obrigações e oportunidades perante as leis.
O direito de votar, conquistado com muita luta há 87 anos, a Licença Maternidade, direito a creches e a conquista da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) – a lei de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra as mulheres, são avanços pontuais e significativos na vida das mulheres e em nossa sociedade; no entanto, muito ainda há o que se conquistar, sobretudo, respeito e igualdade plena, mecanismos de combate às diferenças de sexo que estimulam violência, poder e opressão.
Antonio do Lago
Presidente
A luta das mulheres por melhores condições de vida e trabalho começou a partir do final do século XIX, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de 15 horas diárias e a discriminação de gênero eram alguns dos pontos que eram debatidos pelas manifestantes da época.
De acordo com registros históricos, o primeiro Dia da Mulher foi celebrado nos Estados Unidos em maio de 1908 (Dia Nacional da Mulher), onde mais de 1.500 mulheres se uniram em prol da igualdade política e econômica no país.No entanto, o 8 de março teve origem com as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho, durante a Primeira Guerra Mundial (1917).
A manifestação que contou com mais de 90 mil russas ficou conhecida como “Pão e Paz”, sendo este o marco oficial para a escolha do Dia Internacional da Mulher no 8 de março, porém somente em 1921 que esta data foi oficializada.
Após a Guerra e a Segunda Revolução Industrial, as indústrias incorporaram as mulheres para mão de obra, e devido às condições insalubres de trabalho, os protestos eram frequentes.
Por muito tempo, a data foi esquecida e só foi recuperada com o movimento feminista nos anos 60. A Organização das Internacional da Mulher em 1977.
O Dia Internacional da Mulher ainda continua servindo como conscientização para evitar as desigualdades de gênero em todas as sociedades.
Fonte: www.calendarr.com/brasil/dia-da-mulher
MULHERES À LUTA CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Na proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro as mulheres serão as mais prejudicadas na hora de se aposentarem. Mesmo diminuindo a idade mínima de aposentadoria de 65 para 62 anos, a reforma continua penalizando. Segundo dados de 2016 da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, 34, 6% das mulheres jovens abandonaram o emprego para cuidar da família. Com isso, não terão tempo de contribuição necessário para ter acesso ao benefício da aposentadoria.
A diferença de papeis sociais e as discriminações para as mulheres continuarem no mercado de trabalho prejudicam, ainda mais, a conquista da aposentadoria. São as primeiras a serem demitidas, salários menores, jornada tripla de trabalho, oportunidade desigual, a maternidade e ausência de companheiros nas tarefas domésticas e na educação dos filhos.
TRABALHAR MAIS E RECEBER MENOS
Pelas regras atuais uma mulher de 55 anos e com 25 anos de contribuição teria de trabalhar mais cinco anos para se aposentar por idade e conseguir receber o benefício integral. Ou seja, estaria aposentada aos 60 anos e com 30 anos de contribuição.
Já pelas regras de transição propostas por Bolsonaro, que quer implementar a idade mínima de 62 anos para as mulheres, essa mesma mulher terá de trabalhar mais sete anos (55+7 = 62) para se aposentar por idade. Ainda assim, ela só chegaria a 32 anos de contribuição (25+7 = 32) e não se aposentaria com o benefício integral, que, pelas novas regras, vai exigir, no mínimo, 40 anos de contribuição.
O governo distorce afirmando que a reforma é para todos; mas não é verdade. Está é aumentando as desigualdades para os
trabalhadores e trabalhadoras. O que temos certeza é que as mulheres vão trabalhar por mais tempo, sem saberem se vão conseguir o benefício a que têm direito.
O Sinposba conclama as trabalhadoras em postos de combustíveis para dizerem não à essa reforma, mobilizando, conversando com cada colega, com a família e as amigas, indo às ruas em cada caminhada, porque a conquista de direitos só é possível com luta!
Fragmentos de textos da internet e dados da professora Marilane Teixeira, do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp)