A reforma trabalhista e a informalidade deixam danos, às vezes, irreparáveis. No Brasil, a cada 3 horas e 38 minutos um cidadão perde a vida em decorrência de acidente de trabalho. A maioria é terceirizado. Tendência é piorar. Bolsonaro promete aprofundar as mudanças, aumentando a oferta de emprego precário.
País é o quarto do mundo em acidente de trabalho. Terrível
Rose Lima
No Brasil , a cada 48 segundos acontece um acidente de trabalho e a cada 3 horas e 38 minutos um cidadão perde a vida decorrente da falta de prevenção à saúde e à segurança do trabalho, segundo o MPT (Ministério Público do Trabalho).
O número coloca o Brasil na quarta posição mundial entre os que países com mais registros de acidente de trabalho e o terceirizado é o que está mais exposto aos riscos. O cenário atual não aponta mudanças.
A terceirização irrestrita e reforma trabalhista alteraram as relações de trabalho e a maioria das vagas criadas no país é informal. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que, entre novembro de 2017 e o mesmo mês do ano passado, 601 mil pessoas entraram no mercado informal, alta de 5,5%.
O país tem agora cerca de 38 milhões de trabalhadores sem carteira assinada, número maior do que os formais, em torno de 33 milhões. O cenário ruim deixado por Temer, pode piorar com Bolsonaro. O presidente já declarou que pretende aprofundar a reforma trabalhista, retirando direitos e deixando o trabalhador mais vulnerável à acidentes de trabalho.
A OIT (Organização Internacional do Trabalho) alerta que a informalidade gera subnotificações e na maioria dos casos a empresa não faz a CAT (Comunição por Acidente de Trabalho).
Um estudo da Organização revela que a cada acidente de trabalho notificado, sete deixam de ser informados.
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