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/ sábado, novembro 9, 2024
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Brasil é o país que menos investe em educação

Foto: Gabriel Jabur/ Agência Brasília/GDF
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Entre 2015 e 2021, no Brasil, o investimento em educação caiu em média 2% a cada ano. Professores trabalham mais e recebem menos, segundo relatório da OCDE

Reduzindo os gastos com educação sistematicamente entre 2015 e 2021, o Brasil está em uma das piores posições no quesito investimento entre os países-membros e parceiros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), diz relatório da organização publicado na terça-feira (10).

O estudo Education at a Glance 2024 mostra que, no período, os investimentos em educação no Brasil caíram, em média, 2,5% ao ano. Enquanto isso, a prática dos países que integram a organização foi de aumentar os recursos em 2,1% ao ano, em média. Assim, a proporção de gasto com educação sobre o PIB (Produto Interno Bruto) caiu de 11,2% em 2015, para 10,6% em 2021.

 

O relatório compara investimentos e desenvolvimento escolar de 38 países-membros da OCDE, além de outros 11 que estão em processo de ingresso à organização – como é o caso do Brasil.

Deste grupo, o país registra um dos piores desempenhos para o ensino de crianças de até sete anos de idade, atrás de Argentina, Costa Rica e Chile. O Brasil gasta por aluno desta faixa etária, em média, 3.668 dólares (R$ 20,6 mil) – menos de um terço do que é praticado nos outros países, onde a média é de 11.914 dólares (R$ 67 mil).

A diferença é menor no ensino superior: a média de investimento público por aluno no Brasil é de 13.569 dólares (R$ 76,3 mil), ante 17.138 dólares (R$ 96,3 mil) dos demais países. A educação infantil é a que tem os melhores índices de investimentos, com aumento de 29% nos recursos destinados entre 2015 e 2021.

O relatório ainda aponta que o salário base dos professores do ensino básico no Brasil é 47% menor que a média da OCDE, trabalhando, em média, 800 horas por ano – contra 706 horas registradas nos demais.

NEM-NEM

Outra parte do relatório da OCDE aponta, dentre os países participantes, a parcela de jovens entre 18 e 24 anos que não têm ocupação nem com trabalho, nem com estudos – os chamados “nem-nem”. Este número caiu em todos os países pesquisados, incluindo o Brasil, mas ainda é bastante alta aqui: em 2016, eram 29,4%. Em 2023 eram 24% – o que significa que um entre cada quatro não tem ocupação alguma.

Nos outros países, o percentual médio é de 13,8% dos jovens e apenas seis países têm índice pior que o brasileiro. Os maiores impactados são os jovens que não possuem educação superior e as mulheres.

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