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/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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‘Mantenho o pensamento no esporte graças ao Bolsa Atleta’, diz a medalhista paralímpica Lara Lima

"A questão do capacitismo ocorre pela falta de conhecimento. Como as pessoas vão saber, se ninguém está falando sobre?", questiona a atleta - Ana Patrícia Almeida/CPB @anapatricia.foto
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Halterofilista conversou com o Brasil de Fato após ganhar o bronze em Paris

As Paralimpíadas de Paris 2024 terminaram com resultados expressivos para o Brasil. Entre os cinco melhores do mundo no quadro de medalhas, o país finalizou os jogos confirmando que é uma potência e quebrando recordes.

Uma dessas medalhas teve um gosto ainda mais especial. Na quarta-feira (4), a mineira Lara Lima conquistou o bronze no halterofilismo. Foi a 50ª medalha brasileira na competição. Até o fim dos jogos, o Brasil chegou ao pódio 89 vezes, maior número da história.

A atleta conversou com o programa Bem Viver do Brasil de Fato. Na entrevista ela falou sobre o peso que a valorização dos esportes paralímpicos tem nos resultados, mas lembrou que ainda há um caminho a percorrer contra o preconceito e a falta de informação.

“A questão do capacitismo ocorre pela falta de conhecimento. Muita gente não sabe que existe o mundo paralímpico.  Embora hoje em dia isso tenha melhorado bastante, graças à visibilidade que estamos ganhando aos poucos. Mas ainda somos pouco visíveis em comparação aos Jogos Olímpicos. Como as pessoas vão saber, se ninguém está falando sobre?”, questiona.

Lara Lima também ressaltou a importância do incentivo e do investimento público na trajetória até o pódio. “O Bolsa Atleta é o meu ganho e posso dizer que eu trabalho somente sendo atleta. Consigo manter a minha vida com o pensamento totalmente no esporte graças ao programa.”

Nas Paralímpiadas de Tóquio, que aconteceram com um ano de atraso por causa da pandemia da covid-19, Lara Lima terminou em sétimo lugar. Assim como para atletas do mundo todo, o período representou um desafio para a brasileira.

A reflexão da halterofilista sobre o preparo para os jogos de Paris fala muito a respeito do potencial e da resiliência dos esportes paralímpicos no Brasil.

“Eu vim para as Olimpíadas pensando, ‘nada vai me abalar, já passei por coisas muito piores e qualquer coisa que estiver acontecendo eu vou saber controlar e não vou deixar nada me afetar’. Tóquio foi de extrema importância para eu chegar aonde cheguei.”

www.brasildefato.com.br/Nara Lacerda

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