Como indicado na última sexta (7), os caminhoneiros iniciaram os bloqueios nesta segunda (10) e interditavam parcialmente dois trechos da rodovia Presidente Dutra (BR-116) nos municípios de Barra Mansa e Porto Real, ambos no Rio de Janeiro. As informações são da Polícia Rodoviária Federal do Estado.
Na sexta (7), o segmento alertou que em resposta Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a aplicação de multas contra empresas que não cumprirem a tabela do frete, os caminhoneiros poderiam realizar novas paralisações.
Em Barra Mansa, a paralisação começou por volta de 5h25 no km 274 da via, e veículos de carga eram obrigados a retornar no sentido de São Paulo, provocando aglomeração sobre a pista e com alguns veículos retidos, segundo a polícia. E em Porto Real, a interdição é no km 290, informou a PRF.
Ainda na semana passada, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) afirmou que poderia ficar mais difícil evitar uma nova paralisação da categoria após a liminar do STF.
Convocação nas redes sociais
Desde ontem, já é possível mapear grupos nas redes sociais de convocação para a paralisação. Alguns já convocando a mobilização para a madrugada de segunda (10).
Portal CTB – Com informações da agências
Caminhoneiros iniciam novo protesto após decisão de Fux
Manifestação ocorre na Rodovia Dutra, na cidade de Barra Mansa e provoca lentidão de 4km
Após uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux de proibir a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de multar os transportadores que não seguirem a tabela de fretes, caminhoneiros fazem protestos na Rodovia Presidente Dutra, na altura da cidade de Barra Mansa, no sul do Estado do Rio de Janeiro.
O protesto causa congestionamento entre os quilômetros 279 e 275, no sentido da capital fluminense. De acordo com a CCR, os motoristas não deixam passar caminhões e carretas, mas liberam o tráfego para veículos leves e ônibus, com fluxo apenas pela faixa da esquerda.
Na última quinta-feira, 6, uma decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a principal reivindicação dos caminhoneiros durante a paralisação, o cumprimento da tabela de preços mínimos dos fretes. A decisão é liminar e a proibição vigora até que o plenário do Supremo analise o caso. O ação contra as multas foi movida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Já durante a madrugada, um grupo de caminhoneiros ocupou a rotatória da Avenida Augusto Barata, que dá acesso ao Porto de Santos. Conforme a Polícia Militar, que acompanha a mobilização, o protesto é contra a proibição de multas ao transportador que não seguir a tabela de fretes, estabelecida pelo governo federal após a greve dos caminhoneiros, em maio deste ano.
Os motoristas começaram a parar nos acessos aos terminais portuários no início da madrugada. Os caminhoneiros que chegavam com cargas eram abordados e convidados a aderir à manifestação, deixando de acessar os terminais de descarga.
Conforme a PM, a mobilização seguia pacífica no início da manhã. O número de caminhoneiros parados não foi estimado pela polícia, mas a administradora do Porto de Santos informou que o grupo tinha entre 15 e 20 pessoas. Segundo a empresa, a manifestação teve início por volta das 03h30 e terminou às 07h20. O local foi liberado e o tráfego flui normalmente na região. /COLABOROU GABRIEL ROCA
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