Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ quinta-feira, novembro 21, 2024
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Juro alto do BC segue penalizando a economia e os brasileiros, diz presidente da CNI

Ricardo Alban, presidente da CNI. Foto: Divulgação/FIEB
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“Esperamos que a Selic volte a ser reduzida o quanto antes”, defende Ricardo Alban

A Confederação Nacional da Indústria manifestou “preocupação” com a decisão do Banco Central em manter a taxa Selic em 10,5% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária, na quarta-feira (31/8).

“Esperamos que a Selic volte a ser reduzida o quanto antes. A retomada de cortes é fundamental para a redução do custo financeiro suportado pelas empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e pelos consumidores. Caso contrário, seguiremos penalizando não só a economia brasileira, mas, principalmente os brasileiros, com menos empregos e renda”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.

 

“O elevado nível em que a Selic se encontra faz o Brasil ter uma das maiores taxas de juros real do mundo e explica parte significativa do alto custo do crédito, situação que implica severas restrições à atividade econômica brasileira”, destacou a entidade em nota.

Segundo a CNI, ainda que houvesse um corte de 0,25 ponto percentual na Selic, reduzindo a taxa para 10,25% ao ano, a taxa de juros real (descontada a inflação esperada para os próximos 12 meses) seria de 6,2% ao ano, ainda assim, “o Brasil seguiria ocupando a incômoda terceira posição entre as maiores taxas de juros real do mundo”.

Além disso, “reflexo dessa política tão restritiva”, o Brasil tem o terceiro maior spread bancário do planeta, encarecendo empréstimos e financiamentos, aponta a CNI.

A entidade destaca também que a baixa oferta de crédito prejudica, não só os consumidores, que precisam adquirir bens de valor, mas as empresas “que precisam de crédito para investir, inclusive no âmbito do processo de neoindustrialização, orientado pela Nova Indústria Brasil (NIB). O consumo e o investimento são elementos centrais para o crescimento econômico”.

Com juros elevados, inibindo o consumo, o acesso ao crédito e sem investimentos – sejam públicos ou privados-, as previsões para o desempenho da economia em 2024 não são nada animadoras, com um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) menos intenso este ano em comparação com o ano passado.

Em 2023, o PIB cresceu 2,9%, as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) sinalizam que o Brasil deve crescer 2,1%, menos que os demais países em desenvolvimento que deve ser, em média, de 4,2%.

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