A escravidão moderna reflete a exploração sistemática da desigualdade social por pessoas e empresas que se aproveitam das vulnerabilidades econômicas e sociais. Com o avanço tecnológico, o aliciamento de vítimas tornou-se mais eficiente e, pela internet, prometem empregos para atrair cidadãos em situação de desespero.
A maior parte das vítimas é formada por homens negros, de 18 a 29 anos, predominantemente forçados ao trabalho escravo. Entre 2021 e o ano passado, 8.415 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão. Desse total, 80% eram negros.
Os dados são do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que acaba de lançar, o quarto Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Segundo o documento, as principais formas de exploração incluem remoção de órgãos, trabalho escravo, servidão, adoção ilegal e exploração sexual.
O uso de plataformas como Facebook e WhatsApp facilita o contato com um grande número de vítimas e amplia a margem de lucro dos traficantes. Assim, a tecnologia se tornou uma ferramenta poderosa para perpetuar a exploração humana, agravando a crise do tráfico de pessoas no Brasil.
www.bancariosbahia.org.br/William Oliveira