Já bastante utilizada na Europa, a semana de 4 dias de trabalho começa a ganhar corpo no Brasil. Empresas brasileiras que participaram de um experimento decidiram manter o modelo após os seis meses de teste. Das 19 que concluíram o projeto piloto, oito vão continuar com o modelo de forma permanente e sete vão estender o teste até o final do ano. Uma delas afirmou que vai expandir o modelo para outras áreas da companhia, e três vão fazer ajustes no formato, como conceder folga a cada 15 dias.
No teste, os trabalhadores atuaram com a carga horária reduzida, mantendo o mesmo salário e com o objetivo de manter 100% da produtividade. Entre outras percepções, empresários e trabalhadores relataram que a carga horária reduzida proporcionou mais energia para a realização das tarefas e aumento da produtividade. Quase metade percebeu um ritmo de trabalho mais acelerado, e 20% sentiu um aumento na pressão.
Desde o início do projeto, a 4 Day Week Brazil monitorou os indicadores junto às empresas. Pesquisas foram realizadas em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e com o Boston College, entre outras instituições.
BENEFÍCIOS
Após os seis meses de implementação da semana de 4 dias, verificou-se o fortalecimento do vínculo dos funcionários com as organizações. Quase metade disse que a relação melhorou e mais de 65% percebeu um aumento no comprometimento com a empresa.
Muitos não mudariam de emprego, nem com um salário maior, para voltar a trabalhar 5 dias por semana. Cerca de 72,7% das empresas participantes observaram aumento na receita, enquanto 27,3% revelaram diminuição. Em termos de lucros, 63,6% das organizações relataram crescimento e 36,4% enfrentaram redução.
O relatório do projeto reconheceu que “a melhoria na receita e nos lucros não pode ser atribuída exclusivamente à implementação da semana de 4 dias”. As empresas relataram que a capacidade de atração de novos talentos melhorou significativamente após a redução da carga horária: 66,7% tiveram aumento.
www.ctb.org.br/Com informações do G1 | Imagem: Bizneo HR