Bolsonaro defende aprofundamento da reforma trabalhista: ‘É horrível ser patrão’
Ele disse ainda que o agora extinto ministério do Trabalho funcionava “como um sindicato do trabalho, e não como o Ministério do Trabalho”
Durante reunião com a bancada do MDB, nesta terça-feira (4), o presidente eleito Jair Bolsonaro defendeu um aprofundamento da reforma trabalhista que foi aprovada no ano passado pelo Congresso. De acordo com ele, “é horrível” ser patrão no Brasil com a legislação atual. Ele não explicou, contudo, quais mudanças precisam ser feitas.
“Quero cumprimentar quem votou na reforma trabalhista. Devemos aprofundar isso daí. Ninguém mais quer ser patrão no Brasil, é horrível ser patrão no Brasil com essa legislação que está aí. Nós queremos, através do parlamento, mudando as leis, fazer com que nós tenhamos prazer de ver pessoas investindo no Brasil e pessoas dentro do Brasil acreditando no seu potencial.”
Depois do encontro, durante entrevista coletiva, Bolsonaro disse que ainda está estudando as reformas que quer fazer, mas ressaltou que “não basta ter só direitos e não ter empregos”. Ele elogiou a queda de ações trabalhistas causada pela última reforma:
“Não quero entrar em detalhes aqui, estamos estudando. Agora, não basta ter só direitos e não ter empregos. Esse é o grande problema que existe. A guerra da informação, tenho dito aos empregadores, eles têm que entrar nessa guerra, não deixar a cargo do governo. Alguns falam até que poderíamos nos aproximar da legislação que existe em outros países, como os Estados Unidos. Acho que seria aprofundar demais. Mas a própria reforma trabalhista última, em que votei favorável, já tivemos algum reflexo positivo. O número de ações trabalhistas praticamente diminuiu pela metade. E hoje em dia continua sendo muito difícil ser patrão no Brasil, não há dúvida.”
Ministério funcionava como um “sindicato do trabalho”
Bolsonaro disse ainda que nenhum trabalhador será prejudicado com o fim do Ministério do Trabalho, confirmado na segunda-feira.
“Essa pasta do Trabalho, ela é de recordações aqui que não fazem bem à sociedade. Funcionava como um sindicato do trabalho, e não como o Ministério do Trabalho. Nenhum trabalhador vai perder seus direitos, até porque todos estão garantidos no artigo 7º da Constituição. Nenhum trabalhador vai ser prejudicado, tendo em vista a não existência mais do Ministério do Trabalho.”
Com informações do Globo
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