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/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Governo amplia esforços, enquanto dengue avança pelo país

secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, destacou que o governo federal já começou a liberar recursos específicos para os estados e municípios
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Sete estados declararam situação de emergência devido à dengue. Diante do caso, governo federal lança o dia D contra o mosquito

São Paulo – A crise da dengue no Brasil segue cada vez mais grave, com sete estados declarando situação de emergência em saúde pública devido à escalada de casos da doença. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Ministério da Saúde, Minas Gerais, Acre, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Distrito Federal são as unidades da federação que publicaram decretos de emergência.

Em resposta à doença, o ministério organiza ações de combate. Além do avanço da vacinação, campanhas pedindo engajamento no combate ao mosquito estão na agenda. Hoje, a pasta anunciou ainda a realização do Dia D de combate à dengue no próximo sábado (2), com a mobilização “10 minutos contra a dengue”. A iniciativa visa intensificar as ações de prevenção e eliminação dos focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, diante do aumento expressivo de casos.

Em comunicado à imprensa, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um apelo para o engajamento social na causa. “Faço aqui um chamamento à sociedade, aos profissionais de imprensa, para que estejam conosco no Dia D – Brasil unido contra a dengue, no próximo sábado. Este é um momento de atenção não só das autoridades sanitárias, do Ministério da Saúde, mas também de toda a sociedade”.

Ameaça à saúde pública

Os dados do ministério também dão conta de que 154 municípios adotaram o estado de emergência para enfrentar o aumento dos casos de dengue. Autoridades locais argumentam, em conjunto, que a doença já representa uma ameaça significativa à saúde pública. Esses decretos permitem que as autoridades solicitem recursos extras para intensificar o combate à doença.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, destacou que o governo federal já começou a liberar recursos específicos para os estados e municípios afetados. Segundo ela, as portarias com os repasses financeiros foram publicadas ontem (27), garantindo verbas imediatas para o enfrentamento da crise.

Até o momento, o Brasil registra um total de 991.017 casos de dengue e 207 mortes confirmadas em decorrência da doença. Além disso, 674 óbitos estão sob investigação para determinar se têm relação com a infecção pelo vírus da dengue.

Os dados do Ministério da Saúde também revelam que a faixa mais afetada pela dengue é a de 30 a 39 anos, tanto entre homens como mulheres, com mais de 87 mil casos em cada grupo. O coeficiente de incidência da doença é de 488 casos por 100 mil habitantes.

Tecnologia em ação

Com o aumento de casos de dengue, pesquisadores têm explorado novas tecnologias na luta contra o mosquito transmissor da doença. Agora, uma nova arma entra em cena: a inteligência artificial. Um grupo de pesquisadores do Departamento de Ciência da Computação (DCC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Sheffield, no Reino Unido, desenvolveu um software que utiliza IA para identificar focos de dengue com base em imagens aéreas.

De acordo com informações da UFMG, o dispositivo é capaz de analisar automaticamente fotografias de imóveis. Estas, obtidas por veículos aéreos não tripulados, mapeiam as áreas urbanas com alto risco de infestação pelo mosquito Aedes aegypti.

Dengue na mira

Essa ferramenta representa um avanço significativo, pois elimina a necessidade de verificação presencial dos locais identificados como potenciais criadouros das larvas do mosquito. Além disso, contribui para a redução dos custos envolvidos no processo de monitoramento e controle da dengue.

O professor Jefersson Alex dos Santos, coordenador dos estudos, explicou em comunicado que os algoritmos desenvolvidos foram baseados em aprendizado profundo para a detecção de caixas d’água. Então, também utilizaram piscinas por meio de mosaicos de imagens capturadas por câmeras transportadas por veículos aéreos não tripulados. “Por meio de mosaicos de imagens obtidas por uma câmera transportada por veículos aéreos não tripulados, desenvolvemos algoritmos baseados em aprendizado profundo para detecção de caixas d’água e piscinas.”

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