Os séculos passaram, mas a realidade para os negros mudou pouco. Eles foram maioria (83%) entre os resgatados em trabalho análogo à escravidão no primeiro trimestre deste ano, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego.
Por quase quatro séculos, o Brasil teve as raízes econômicas entrelaçadas com a cruel prática da escravidão. Dos primeiros esforços de subjugar os povos indígenas à implacável exploração dos africanos trazidos à força, a mão de obra escrava foi à espinha dorsal de atividades do país, moldando um passado marcado por sofrimento e injustiça.
Os séculos passaram, mas a realidade para os negros mudou pouco. Eles foram maioria (83%) entre os resgatados em trabalho análogo à escravidão no primeiro trimestre deste ano, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego.
Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) pintam um quadro desolador. Desde 2012, trabalhadores brancos desfrutam de renda média salarial 87,6% maior do que a dos negros. Metade dos empregadores são homens brancos, enquanto 60% dos informais são negros.
No recorte por cor ou raça, o IBGE verificou que a taxa de desocupação no primeiro trimestre deste ano era de 11,3% entre os que se autodeclaravam pretos, 10,1% entre pardos e 6,8% entre brancos.
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