Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Ministro rebate cartel dos importadores e afirma que não aceitará “abuso de preços nos combustíveis”

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, critica associação que quer aumento de preços. Fotos: Agencia Brasil
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“Nós lutamos tanto para abrasileirar o preço dos combustíveis. Vocês aqui sabem o quanto que foi benéfico”, declarou Alexandre Silveira (Minas e Energia)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou na última sexta-feira (11) que não há risco de desabastecimento de combustíveis no Brasil. “Tenho absoluta convicção que não. Nós lutamos tanto para abrasileirar o preço dos combustíveis. Vocês aqui sabem o quanto que foi benéfico”, declarou.

A fala de Silveira se dá após a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) insuflar a mídia com seu levantamento feito de forma informal com distribuidoras de combustíveis, que reclamam de restrições na oferta pontual de diesel em algumas regiões do país, atrelando o problema à nova política de preços da Petrobrás.

Em entrevista a jornalistas, após o lançamento do novo PAC, Silveira disse que o abastecimento é o grande desafio do governo, mas o que “nós não vamos abrir mão, em hipótese alguma, é de que não haja abuso de preços ou que não haja pressão daqueles que estavam acostumados a ganhar muito e agora tiveram que se adequar a um mercado naturalmente competitivo de combustível”, criticou o ministro.

Inconformados com a redução de preços da gasolina e do diesel pela Petrobrás, o cartel de importadores de combustíveis, liderado pela Abicom e pela árabe Acelen, que controla a ex-refinaria da Petrobrás, Landulpho Alves (Rlam), quer impor o retorno da política de Paridade de Preços de Importação (PPI) por meio do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Alexandre Silveira afastou ainda os questionamentos sobre o suposto risco de desabastecimento afirmando que “a responsabilidade do Ministério de Minas e Energia e do governo é manter suprimento, qualidade do combustível e modicidade de preço de combustível no país. E nós fazemos isso através de impulsionar a competitividade interna”, disse.

Em maio desse ano, a Petrobrás anunciou sua nova política de preços, extinguindo com  a Paridade de Preços de Importação (PPI), prática na empresa desde 2017, que fez com que os preços dos combustíveis se elevassem no mercado interno em níveis nunca vistos na história deste país.

Na avaliação do presidente da  Associação Brasileira de Investidores, Aurélio Valporto,  “o PPI extorquiu os brasileiros e foi um dos fatores fundamentais da alta inflacionária. Querem a volta da paridade de preços de importação – que joga os preços para cima – alegando “defasagem” dos preços internos em relação aos preços internacionais”, denuncia o economista.

“Não há defasagem nenhuma. A Petrobrás pode baixar ainda mais os preços”. “Acabar com a paridade de importação foi a melhor medida econômica do atual governo até o momento”, ressaltou Valporto.

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