Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Em declínio, IPCA varia 0,12% em julho

IPCA registrou alta sob efeito dos preços no grupo de Transportes (1,50%), principalmente da gasolina (4,75%). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Segundo o IBGE, sem a alta da gasolina, resultado teria sido deflação de 0,11%. Alimentos continuam em deflação e preços dos serviços desaceleram pressionando pela queda maior na taxa de juros

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador de inflação oficial do país calculado pelo IBGE, registrou alta de 0,12% em julho, segundo informações divulgadas pelo instituto de pesquisa nesta sexta-feira (11).

Com o resultado, a inflação no ano acumula alta de 2,99%, e, nos últimos 12 meses, de 3,99% – taxas bem abaixo do registrado para os mesmos intervalos de tempos do ano passado, 4,21% e de 10,07%, respectivamente, conforme a Série Histórica do IPCA, abrindo mais pressão contra o Banco Central para aceleração do corte na taxa de juros Selic.

Segundo o IBGE, sem a alta da gasolina, resultado teria sido deflação de 0,11%

Após a deflação registrada em junho (-0,68%), o IPCA voltou a registrar alta por efeito da aceleração dos preços no grupo de Transportes (1,50%), puxada principalmente pela gasolina (4,75%), subitem com a maior contribuição individual (0,23 p.p.) no índice do mês. A alta nos preços da gasolina no período foi puxada pela reoneração de impostos federais, como o PIS e Cofins, no combustível. Segundo o IBGE, excluindo a gasolina do índice geral, o IPCA teria fechado o mês de julho com nova deflação de 0,11%.

ALIMENTOS EM DEFLAÇÃO

Do lado das quedas, destaca-se a continuidade do declínio dos custos da alimentação. O grupo  Alimentação e bebidas marcaram deflação, ao variar em -0,46%,  puxado pela redução nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%). Além disso, também houve deflação no grupo Habitação (-1,01%), com destaque para redução dos preços de energia elétrica residencial.

A inflação de serviços também desacelerou no mês de julho. Saiu de 0,62% em junho para 0,25% no mês passado. A alta nos preços no setor de serviços é usualmente posta pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para justificar a manutenção dos juros altos no Brasil. O resultado eleva a pressão pelo redução maior da taxa básica de juros, a Selic, que na última redução do Comitê de Política Monetária do BC continua nas alturas.

Em julho, na comparação com junho, o índice de difusão, ou o número de itens que compõem a cesta de bens e serviços, atingiu 46% contra 50% no mês anterior.

Variação mensal do IPCA por grupo:

Alimentação e bebidas: -0,46%;

Habitação: -1,01%;

Artigos de residência: 0,04%;

Vestuário: -0,24%;

Transportes: 1,50%;

Saúde e cuidados pessoais: 0,26%;

Despesas pessoais: 0,38%;

Educação: 0,13%;

Comunicação: -0,00%.

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