O Banco Central desafia o próprio presidente Lula e mantém em 13,75% a taxa da Selic. A sigla quer dizer Sistema Especial de Liquidação e Custódia e está relacionada à política monetária que visa controlar a inflação.
Ocorre que esse patamar é abusivo, fazendo o Brasil campeão mundial do juro alto. Lula combate a política do Banco Central, que se aferra à autonomia obtida no governo Bolsonaro. Seu presidente, Roberto Campos Neto, é neoliberal. Ele afronta o governo, o setor produtivo e a classe trabalhadora. Por isso, está na alça de mira dos protestos.
Nesta sexta (16), as Centrais lançam a Campanha Nacional pela Redução dos Juros. A luta inclui assembleias em locais de trabalho, panfletagens, atos públicos e outras ações.
No Estado de São Paulo, o início da jornada terá protesto em São Bernardo, chamado pelo Sindicato dos Metalúrgicos. Segundo seu presidente Moisés Selerges, a mobilização visa esclarecer sobre os prejuízos ao povo com Selic tão exagerada. “Ao não baixar os juros, mesmo com todos os indicadores da economia mostrando ser necessário, o Banco Central age contra o crescimento do País”, denuncia o sindicalista.
Terça, 20, o Comitê de Política Monetária inicia reunião pra decidir a taxa nos próximos meses. Na data, haverá mais atos em todos os Estados onde o Banco Central tem sede. Na Capital paulistana, será às 10 horas, no BC, na Avenida Paulista.
Dieese – Para Victor Pagani, supervisor-técnico Regional do Dieese SP, ao manter taxa tão alta, o BC prejudica o mercado de trabalho. Ele alerta também que Selic a 13,75% reduz o consumo e prejudica o comércio, que já enfrenta concorrência desleal de plataformas estrangeiras. Pagani cita algumas consequências: “As pessoas têm dificuldades pra parcelar compras e dívidas. Isso se reflete no mercado, dificultando a retomada do crescimento econômico com geração de empregos”. Ele concedeu entrevista ao Seu Jornal, da TVT. Clique aqui e assista.
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