Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Gasolina: encher o tanque corresponde a 7% da renda do brasileiro

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Combustível no Sudeste aumentou 0,67% e o etanol 1,53%; apenas o diesel registrou recuo no preço médio do litro

Encher o tanque de combustível com 55 litros de gasolina comum corresponde a 6,8% da renda média domiciliar nacional. O indicador apresentou uma queda de 2,5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, quando o indicador chegou aos 9,3% – o maior percentual da série histórica. Quando esse indicador diminui, a gasolina fica mais barata em relação à renda. Os dados são de Estudo da Veloe em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e referentes ao terceiro trimestre de 2022.

O Monitor de Preços de Combustíveis registrou preços médios nacionais por litro abastecido de R$ 5,108 para gasolina comum; R$ 5,246 para gasolina aditivada; R$ 3,919 para etanol hidratado; R$ 5,143 para o GNV; R$ 6,424 para o diesel comum; e R$ 6,502 para o diesel S-10. Considerando o comportamento observado no acumulado dos últimos 12 meses, três dos seis combustíveis monitorados registraram decréscimo nos preços de mercado. O principal deles foi a gasolina comum, com queda de 23,6%. A gasolina aditivada apresentou queda de 22,8%. Já o etanol hidratado teve decréscimo de 22,6%. Em contrapartida, os demais combustíveis analisados apresentaram aumento nos preços ao longo dos últimos 12 meses: o GNV variou em 11,2%, enquanto o diesel comum contou com acréscimo de 15,7%; e o diesel S-10 foi o que apresentou maior índice de aumento durante o período, de 15,8%.

A gasolina comum, cujo preço apresentou um aumento de 2,8% em relação a dezembro de 2022, fechou o ano mais cara nos postos de combustíveis da Região Nordeste do país. A região teve média de R$ 5,290. O Ceará, com média de R$ 5,626, foi dos estados que apresentou maior valor. Em contrapartida, o combustível teve seu menor valor nos postos da Região Sudeste. A média da gasolina comum ficou em R$ 5,028. São Paulo, com média de R$ 4,968, foi o estado da região que registrou a menor média.

Ainda na gasolina comum, a variação de preços foi outro fator que chamou a atenção. O recuo mais acentuado se deu no Centro-Oeste, onde o valor do litro diminuiu 26% em comparação a janeiro de 2022. Já a menor variação aconteceu nos postos da Região Nordeste, onde o combustível teve baixa de 22% em relação ao mesmo período do ano passado.

O preço do etanol hidratado ficou mais baixo na Região Centro-Oeste, onde o combustível foi vendido por R$ 3,731 o litro em média. O Nordeste do país teve a maior média de preços, com R$ 4,304 o litro, queda de 20,5% nos últimos 12 meses.

Em relação ao diesel comum, o menor preço foi praticado nos postos da Região Sul, com R$ 6,243 em média. A Região Norte contou com os maiores valores, com média de R$ 6,751 e foi a que apresentou maior variação de preços no acumulado do ano, com queda de 17,4% no período de 12 meses.

De acordo com o Indicador de Poder de Compra de Combustíveis, em janeiro de 2023, o tanque de combustível com 55 litros de gasolina comum era correspondente a 6,8% da renda média domiciliar nacional, o que representa uma queda de 2,5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.

Quando registrada apenas a renda média das capitais, o mesmo volume de gasolina equivalia a uma porcentagem menor na renda mensal das famílias: 4,4%. Entretanto, vale a ressalva de que o consumo em grandes centros urbanos pode ser comparativamente maior devido às distâncias percorridas nos deslocamentos e congestionamentos mais frequentes.

Em janeiro, o preço médio do etanol hidratado equivalia a 81,6% do valor cobrado pela mesma quantidade de gasolina comum, uma oscilação discreta no comparativo com dezembro de 2022 (81,1%). É o maior nível desde dezembro de 2021, de acordo com a Fipe. Na média das capitais, a relação foi de 80,8% e atingiu também o maior patamar desde dezembro de 2021 (83,2%). Os números mostram que, considerando o rendimento médio de ambos os combustíveis, o abastecimento com gasolina oferece um melhor custo-benefício em relação ao etanol.

Nos parâmetros utilizados pela Fipe, considera-se que a gasolina é vantajosa quando o indicador for superior a 75%; indiferente entre 65% e 75%; o álcool é vantajoso quando o indicador for inferior a 65%. Os dados utilizados na construção dos indicadores do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade têm como fontes a Veloe, Fipe, ANP e IBGE.

Já o último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) apontou que, no fechamento de janeiro, os postos de abastecimento da Região Sudeste registraram o menor preço médio do país para o litro da gasolina, que encerrou o período a R$ 5,14, mesmo após acréscimo de 0,67%, em comparação a dezembro. Já o etanol foi encontrado a R$ 4,31 na região, com aumento de 1,53% em relação ao mês anterior. Os dois tipos de diesel, por sua vez, apresentaram queda no preço e foram comercializados a R$ 6,39, o comum e R$ 6,54, o S-10, com recuo de 1,43% e 1,39%, respectivamente.

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