Uma das principais conquistas do trabalhador acaba de completar 60 anos. Sancionado por João Goulart em 13 de julho de 1962, o 13º salário é fruto da luta do movimento sindical e dos trabalhadores, que conquistaram o direito após uma greve de 18 dias.
Hoje, o dinheiro a mais que entra na conta é um alívio para o bolso de 85,5 milhões de brasileiros. A economia também agradece, sobretudo em tempos de crise aprofundada pela política ultraliberal do governo Bolsonaro e pela pandemia de Covid-19. Para ter ideia, neste ano, devem ser injetados cerca de R$ 250 bilhões decorrentes do 13º.
Mas, o direito extra não foi dado de mão beijada. Assim como hoje, o cenário nacional era muito difícil. O Brasil passava por uma grave crise, com anos sucessivos de inflação descontrolada. Em 1961, a alta chegou a 47,8%. No ano seguinte, batia na casa dos 51,6%, correndo a renda dos trabalhadores, que sentiam o peso da elevação absurda do custo de vida.
Mesmo diante do quadro, como sempre, as empresas, o mercado e a grande mídia foram contra. Tentaram pressionar de todas as formas. O jornal O Globo chegou a publicar em manchete que o 13ª salário era um desastre para o país. Pois bem. Passados 60 anos, o dinheiro extra turbina a economia e ajuda milhões de famílias a saírem do vermelho.
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