Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Inflação| Estudo mostra que 85% da população sofre com aumento da energia

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Nova pesquisa Datafolha mostra que 85% população da população resolveu cortar, por conta própria, o consumo de energia. A reação ocorre após sucessivos aumentos da tarifa e o fato de, nos últimos quatro anos, a grande maioria da população ter perdido seu poder de compra com a desvalorização dos salários.

O estudo não só revela que a privatização da Eletrobras só serviu para encher os cofres da iniciativa privada como comprova a realidade de crise que atravessa o país e deixa claro que quem está pagando essa conta é a população mais vulnerável.

Vale lembrar que, sob o governo Jair Bolsonaro, o Brasil assistiu ao avanço do desemprego e à explosão da informalidade e da desvalorização dos rendimentos, o que resultou na ampliação das faixas de quem ganha até dois salários mínimos. Sendo que 35,6% do total de ocupados no país, 97,5 milhões, ganham até um salário; e 65,5 milhões recebem até dois salários mínimos – 67,1% do total de ocupados.

Logo, com salários mais baixos e sem correção da inflação, o alto valor das contas de luz está pesando cada vez mais no bolso dos consumidores brasileiros, que apertam os cintos e, para o salário chegar até o fim do mês, cortam o consumo de energia e a lista de alimentos de sua cesta de sobrevivência. O estudo revela que 72% da população reduziu, sobremaneira, sua lista de compras da cesta de alimentos.

A pesquisadora do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Adriana Marcolino credita à queda de rendimento do trabalhador não apenas à reforma Trabalhista – que completou 5 anos em 13 de julho deste ano – mas também às decisões de desmontar a fiscalização trabalhista e o enfraquecimento das instituições – como o Ministério do Trabalho -, permitindo que maus patrões contratem sem carteira assinada, explorando quem precisa trabalhar.

A pesquisadora também aponta que o avanço da informalidade, da rotatividade, a falta de gestão para se enfrentar a crise econômica, o baixo crescimento, o desmonte de programas sociais – como o Bolsa Família e os destinados à agricultura familiar – sem falar no fim da Política de Valorização do Salário Mínimo, são fatores estruturantes para a situação que o país enfrenta e a realidade de desalento que sofre os trabalhadores e trabalhadoras neste momento.

www.ctb.org.br/ com informações das agências

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