20 países e mais de 50 veículos de comunicação alertam sobre o risco que o Brasil corre caso o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, ganhe as eleições.
Em manchete garrafal, o britânico The Guardian afirmou: “Maior democracia da América Latina está em perigo”. Capa do The Economist estampou “A mais nova ameaça na América Latina”.
E não fica por aí. O impresso O Público, de Portugal, afirma “Bolsonaro, o jagunço à porta do Planalto”. No México, o grupo Milenio, também alerta: “Bolsonaro, o Neofascista que seduz o Brasil”.
Todas as manchetes publicadas até aqui refletem o temor da vitória do candidato Jair Bolsonaro que, taxado de ofensivo, mas irrelevante, conseguiu capitalizar, através de um discurso de ódio e violência, diferentes setores: os que clamam por respostas a problemas históricos e os que sonham com uma sociedade baseada na “Casa Grande e senzala”.
O editorial do The Guardian nos dá pistas que confirmam o projeto fascista de Bolsonaro quando afirma que o candidato não só lucrou com o atentado, ele também lucra com “a força de antigos setores: os militares, os ricos fazendeiros e os empresários, os socialmente conservadores; igrejas evangélicas têm jogado seu peso para empurrá-lo”.
E alerta: “Bolsonaro é um misógino e homofóbico cujas opiniões sobre comunidades indígenas e o ambiente são muito sombrias. Ele elogia torturadores e a ditadura militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985. Recentemente defendeu tiros contra seus oponentes [em discurso de campanha no Acre].”
Tudo isso ocorre em meio a pior recessão de todos os tempos e após um golpe brutal contra nossa Democracia, com o golpe travestido de impeachment, sem crime de responsabilidade.
A perigosa conjuntura imposta cobra de nós, classe trabalhadora, e das forças democráticas e progressistas ampla unidade antifascista e pelo Brasil. Vencer o projeto nefasto defendido por Bolsonaro torna-se ação de primeira ordem para os que sabem o valor da Democracia.
Não tenhamos dúvidas de que o caminho para superar o avanço do terror e a brutal recessão, e seguir rumo a um horizonte de paz e segurança, é garantir às liberdades democráticas e defender a garantia de direitos como Emprego digno, Educação, ampla e gratuita, Saúde com um SUS fortalecido e moradia digna.
Esse deve ser o foco. É o futuro do Brasil que está em jogo.
Adilson Araújo
Presidente Nacional da CTB
www.ctb.org.br