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/ domingo, novembro 24, 2024
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Covid-19: Brasil registra 999 mortes e mais de 133 mil novos casos em 24 horas

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O Brasil registrou 971 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) desta quinta-feira (24/2). Com isso, o país totaliza 647.390 vítimas da pandemia até o momento.

O Brasil está com um patamar alto em número de novos casos: nesta quinta foram mais 93.757 oficialmente registrados. O país já tem 28.578.647 casos da doença confirmados desde o início da pandemia.

Como os registros de casos e mortes ficam acumulados em fins de semana e feriados, um indicador considerado mais fiel à situação atual é a média móvel de casos e óbitos nos últimos sete dias.

Nesta quinta-feira, a média móvel de casos foi de 91.545, com tendência de queda nos últimos dias, após um período de alta e de quebra de recordes. A média móvel de mortes foi de 784. Esse patamar é semelhante ao observado em agosto do ano passado, embora mais baixo em comparação aos picos de mortes da pandemia, em abril de 2021, quando a média de mortes ultrapassou 3,1 mil.

O aumento recente de casos e mortes pela covid-19 é atribuído em grande parte à variante ômicron.

De acordo com o painel da Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos lideram globalmente em número de casos (78,7 milhões) e óbitos (943 mil).

Em relação aos casos oficialmente registrados, em 2ª lugar vem a Índia (42,8 milhões), e depois o Brasil.

Em mortes, o Brasil está, de acordo com dados oficiais, em segundo lugar o mundo — embora a subnotificação de casos e mortes em diversos países (como Brasil, Rússia e Índia) torne as comparações mais complexas.

A vacinação

Após um primeiro semestre de 2021 com um ritmo muito aquém de nossas capacidades, a campanha brasileira de vacinação contra a covid-19 finalmente deslanchou a partir de julho do ano passado.

Dados recentes do Ministério da Saúde apontam que 155,7 milhões de pessoas já completaram o ciclo vacinal com as duas doses ou com a dose única. Além disso, 48,7 milhões já tomaram a dose de reforço.

Após a imunização da população mais jovem e adolescentes e do início da aplicação de doses de reforço, o país vive um novo desafio: a inclusão de crianças na campanha.

Em 16 de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.

Porém, o Ministério da Saúde somente anunciou o início da vacinação para esse grupo em 5 de janeiro.

Após o aval da Anvisa, crianças a partir de de 6 anos também começaram a ser vacinadas com a CoronaVac.

Homem a ponto de ser vacinado
GETTY IMAGES

O que deve ser feito no atual cenário?

Diante de um cenário recheado de incertezas sobre o futuro, os especialistas parecem não ter dúvidas sobre quais medidas seriam necessárias neste momento da pandemia no Brasil — algumas delas, inclusive, sequer foram implementadas ao longo dos últimos meses.

Para começo de conversa, o país deveria ter um melhor controle de suas fronteiras, com testagem de passageiros e funcionários em aeroportos, portos e rodovias. Isso dificultaria, inclusive, a entrada de novas variantes de preocupação em nosso território.

O segundo passo seria lançar mão de um amplo programa de testagem, rastreamento de contatos e isolamento dos casos positivos. Políticas desse tipo explicam parte do sucesso que é observado em países como Austrália e Nova Zelândia. Afinal, ao detectar precocemente um paciente infectado e colocá-lo em quarentena, é possível quebrar as cadeias de transmissão do coronavírus na comunidade.

Analisando exame de coronavírus
EPA – Todos os Estados do país já têm casos e óbitos confirmados de coronavírus

Ainda na seara das análises laboratoriais, o país também requer uma vigilância genômica mais ampla, capaz de fazer sequenciamento genético das amostras de pacientes infectados para saber quais são as variantes mais prevalentes em cada local.

Também precisávamos criar campanhas de comunicação para incentivar o uso de máscaras (especialmente modelos mais confiáveis, como a PFF2) e desencorajar as aglomerações.

Por fim, é vital manter, ou eventualmente até acelerar, o ritmo da campanha de imunização. Quanto mais brasileiros estiverem protegidos, melhor para todo mundo: a experiência de outros países aponta que as internações e as mortes por covid-19 caem de forma significativa quando uma porcentagem considerável da população recebeu as duas doses.

Esse conjunto de estratégias aponta para uma saída segura e efetiva da pandemia — e tem o potencial de evitar novas marcas tristes e negativas num futuro próximo.

Histórico da pandemia

O primeiro registro do coronavírus no Brasil foi em 26 de fevereiro do ano passado.

Um empresário de 61 anos de São Paulo (SP) foi infectado após retornar de uma viagem, entre 9 e 21 de fevereiro, à região italiana da Lombardia.

O novo coronavírus, que teve seus primeiros casos confirmados vindos da China no final de 2019, passou a ser tratado como pandemia pela OMS a partir de 11 de março de 2020.

Estudos apontam que a grande maioria dos casos do novo coronavírus apresenta sintomas leves e pode ser tratado nos postos de saúde ou em casa.

No entanto, novas variantes têm se mostrado mais contagiosas e, na percepção de médicos, algumas têm afetado com mais gravidade também a população mais jovem, em vez de apenas idosos e pessoas com comorbidades.

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