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/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Aumenta número de famílias que não conseguem pagar as contas, aponta CNC

Foto: Marcello Camargo Jr/Agência Brasil
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“Com inflação persistentemente elevada e aumento mais destacado dos juros, o indicador de contas ou dívidas atrasadas é o maior desde agosto de 2020”

Com a inflação em disparada, desemprego elevado e queda na renda impostos aos orçamentos domésticos, a inadimplência aumentou neste início de ano, como vinha indicando a tendência desde outubro de 2021, segundo a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio.

Segundo a pesquisa, o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso alcançou o maior nível desde agosto de 2020, atingindo 26,4% do total de famílias, 0,2 ponto maior do que o percentual de dezembro e 1,6 ponto acima do apurado em janeiro de 2021. Para meses de janeiro, foi a maior proporção observada na série histórica do indicador.

Por faixa de renda, a proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso na faixa de até 10 salários mínimos voltou a aumentar de 29,5% para 29,7% em janeiro, alcançando o maior nível desde setembro de 2020. Em janeiro de 2021, a proporção era de 27,9% do total de famílias nessa faixa. No grupo com renda superior a 10 salários mínimos, o percentual aumentou de 11,8% para 12% entre dezembro e janeiro e ante os 11,5% de janeiro de 2021.

Sobre as famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que permanecerão inadimplentes, a proporção também “acirrou-se ligeiramente na passagem mensal”, segundo a CNC, de 10% para 10,1% do total de famílias.

Para a entidade do comércio, diante da carestia, para o grupo citado acima, em especial, que tem buscado o crédito para a recomposição da renda, além do endividamento elevado se deparam com a alta dos juros.

De acordo com a CNC, a elevação da taxa básica de juros pelo Banco Central para 10,75% ao ano (desde janeiro de 2021 ou aumento foi de 7 pontos percentuais) teve como desdobramento a elevação de 37,2% para 45,1% nas taxas médias das linhas de crédito às pessoas físicas, contribuindo para ampliar o nível de endividamento das famílias e as dificuldades de quitá-las.

Em janeiro deste ano, o percentual de brasileiros endividados em janeiro de 2022 foi de 76,1%, apurou pesquisa mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgada na última segunda-feira (07). Comparado ao mesmo mês do ano passado, o número de pessoas que contraíram dívidas subiu 9,6 pontos percentuais diante do cenário de desemprego, inflação e, por fim, juros nas alturas.

De acordo com a entidade, a elevação da taxa básica de juros para 10,75% ao ano (desde janeiro de 2021 o aumento foi de 7 pontos percentuais) teve como desdobramento a elevação de 37,2% para 45,1% nas taxas médias das linhas de crédito às pessoas físicas, contribuindo para ampliar o nível de endividamento das famílias e as dificuldades de quitá-las.

De dezembro para janeiro a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) apurou um recuo de 0,2 pontos percentuais no nível de endividamento.

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, essa pequena retração é também um sinal de atenção.

“O endividamento segue em patamar elevado, e essa redução é reflexo de um cenário desfavorável, em que o encarecimento do crédito pelos juros mais altos afeta a dinâmica de contratação de dívidas dos consumidores”, avaliou.

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