“Nós estamos nos deixando levar pelo desejo, na minha opinião, de sair disso o mais rápido possível e esquecendo que esse vírus é um vírus ainda pouco conhecido, que tem uma variante no mundo que tem feito estragos circulando por onde passou, inclusive em países com taxas de vacinação muito maiores do que nós temos”.
Para o neurocientista e professor titular da universidade Duke Miguel Nicolelis, que vem acompanhando os desdobramentos da pandemia desde o começo, há boas notícias para serem contadas.
A vacinação avança no país, com ampla aceitação da população brasileira – a taxa de aceitação gira em torno de 90%, enquanto nos EUA cerca de 40% recusam a imunização. “O negacionismo é bem menor, apesar de nosso presidente”.
Assim mesmo, por outros motivos, leia-se falta de vacinas disponíveis em alguns bolsões do Brasil, a situação atual traz similaridades preocupantes com o quadro norte-americano.
É cedo para se tirar a obrigatoriedade do uso de máscara, mesmo sendo ao ar livre. Eventos como ano novo e carnaval, nem pensar. Estádios lotados também, lembrando que foi a Eurocopa o estopim do repique da doença na Grã-Bretanha.