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/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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MPT pede afastamento imediato de Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares por assédio moral

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Após acusação de assédio moral, discriminação e perseguição ideológica, MPT pede afastamento de Sérgio Camargo da Fundação Palmares 

O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com um pedido na Justiça para afastar o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. Ele é acusado de assédio moral, perseguição ideológica e perseguição. A informação foi publicada na noite de domingo (29/8), pelo Fantástico, da TV Globo.

Nos depoimentos obtidos pelo programa, servidores do órgão dizem que Camargo associa pessoas de “cabelos altos” a malandros.

“Ele (Sérgio Camargo) diz: “Esses homens que têm esses cabelos altos e de periferia são todos malandros” — contou um ex-funcionário da fundação ao “Fantástico”.

Os funcionários denunciaram também que servidores concursados teriam pedido demissão por causa de um clima de terror psicológico criado na instituição sob o comando do atual presidente do órgão, que perseguiria o que ele define por “esquerdistas”.

Segundo o Fantástico, a TV Globo teve acesso aos 16 depoimentos contra Camargo. De acordo com Paulo Neto, procurador do MPT, todos eles convergem para os crimes de assédio moral, perseguição ideológica e perseguição.

O ex-diretor disse também em depoimento ao MPT que Sérgio Camargo “passa mais tempo no Twitter e no Facebook postando e caçando funcionários esquerdistas do que trabalhando”.

O MPT pediu o afastamento de presidente da fundação, além do pagamento de uma indenização de 200 mil reais por danos morais, segundo a TV.

Nas redes sociais, o presidente da fundação se manifestou sobre temas relacionados à denúncia. No Twitter, ele escreveu que “ter orgulho do cabelo é ridículo para o negro” e que o negro orgulhoso de seu cabelo é um “fracassado a serviço do vitimismo”.

www.brasilpopular.com/ da Carta Capital e G1 com edição do Jornal Brasil Popular

MPT pede afastamento imediato de Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares por assédio moral. Investigação concluiu que atual gestor é responsável por perseguição político-ideológica, discriminação e tratamento desrespeitoso

O Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT-DF) foi à Justiça Trabalhista e pediu o afastamento imediato de Sérgio Nascimento de Camargo da Presidência da Fundação Palmares pela prática de assédio moral.

A Ação Civil Pública, ajuizada na última sexta-feira (27/8), também requer que a Fundação Palmares não permita, submeta ou tolere a exposição de trabalhadores a atos de assédio moral praticado por qualquer de seus gestores, além de cobrar, no prazo de 180 dias, diagnóstico do meio ambiente psicossocial do trabalho, realizado por profissional da área de psicologia social.

O MPT também pede que a Fundação Palmares e seu presidente, Sérgio Nascimento de Camargo, sejam condenados, a título de reparação por danos morais coletivos, no valor de R$ 200 mil, a serem pagos de maneira solidária.

Perseguição política-ideológica

Após um ano de investigação e de ouvir 16 depoimentos, entre ex-funcionários, servidores públicos concursados, comissionados e empregados terceirizados, o procurador Paulo Neto, autor da Ação Civil Pública, concluiu que há perseguição político-ideológica, discriminação e tratamento desrespeitoso por parte do Presidente da Fundação Palmares, Sérgio Nascimento de Camargo.

Segundo o procurador, “os depoimentos são uníssonos, comprovando, de forma cabal, as situações de medo, tensão e estresse vividas pelos funcionários da Fundação diante da conduta reprovável de perseguição por convicção política praticada por seu Presidente e do tratamento hostil dispensado por ele aos seus subordinados”.

Os fatos apurados na investigação do MPT comprovam que Sérgio Camargo persegue os trabalhadores que ele classifica como “esquerdistas”, promovendo um “clima de terror psicológico” dentro da Instituição.

Para definir quem são os “esquerdistas” da Fundação Palmares, o presidente Sérgio Camargo monitora as redes sociais dos trabalhadores e até mesmo associa o tipo de cabelo com aparência típica de “esquerdista”.

Os relatos colhidos pelo MPT também confirmam o uso recorrente de palavrões e tratamento grosseiro contra os subordinados. A situação resultou no desligamento até mesmo de servidores concursados, que pediram para sair da Fundação em virtude do clima instalado a partir da chegada de Sérgio Camargo à presidência.

A Ação Civil Pública será julgada pelo juízo da 21ª Vara do Trabalho de Brasília.

Processo nº 0000673-91.2021.5.10.0021

Ministério Público do Trabalho
Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região (DF/TO)

Assessoria de Imprensa

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