Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sábado, novembro 23, 2024
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O povo é o alvo e o SUS pode ser desmontado se a PEC 32 for aprovada

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Imagine região indígena rica em minérios. Sobre ela está a terra. E nela as tribos. Você só extrai o minério se tirar do caminho os habitantes. O mesmo se dá com a PEC 32 (reforma administrativa): para privatizar tudo, o governo precisa primeiro se livrar dos servidores.

A analogia é de Vladimir Nepomuceno, Servidor Federal aposentado e consultor de entidades de classe. Ele também assessora a Frente Parlamentar Mista do Serviço Público.

Para Nepomuceno, “mesmo correndo contra o tempo, as entidades precisam chegar até a população e mostrar que o povo é o alvo da PEC 32, que o usuário dos serviços públicos básicos será o grande prejudicado”.

A prevalecer o texto do governo, “o SUS será desmontado e pra ter serviços médicos a pessoa terá que pagar”. Vladimir Nepomuceno alerta: “Não haverá mais no sistema público procedimentos grátis para cirurgias ou internações. Isso será cobrado”. O objetivo de Guedes/Bolsonaro, afirma, é “repassar os serviços para organizações sociais – OSs.” O trabalhador ficará vinculado a esse tipo de organização, sem direitos e levando calote.

Tarefas – Vladimir Nepomuceno considera necessário trabalhar no sentido de atrasar ao máximo a tramitação da proposta, de forma que a decisão fique mais próxima das eleições; tentar adiar a votação da PEC 32 na Câmara e em caso de votação pressionar para que o governo não obtenha os 308 votos; divulgar nomes dos parlamentares a favor, dos contrários e dos indecisos.

Sindicalismo – Para o consultor, o sindicalismo do funcionalismo precisa conversar mais com o segmento privado, porque, seja metalúrgico, químico, condutor ou outra função, o trabalhador será duramente atingido pela reforma administrativa.

Servidor – “Servidor eventualmente iludido deve se lembrar que tem família e que seus familiares ficarão à mercê do interesse privado, ou seja, do lucro”, conclui Nepomuceno.

www.ctb.org.br / fonte: Agência Sindical

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