Sob o argumento de que vai ampliar o número de pessoas que recebem hoje o Bolsa Família, a Medida Provisória 1061/21 do governo Bolsonaro, na prática, vai retirar 22 milhões de beneficiários. A maior exclusão da história da proteção social. O texto da MP revoga o programa criado no governo Lula e cria o Auxílio Brasil. Cerca de 17 milhões devem ser contempladas. Número muito baixo, sobretudo com o atual cenário, de crescimento da miséria.
Para se ter ideia, atualmente 39 milhões de pessoas recebem o auxílio emergencial e cerca de 20 milhões passam fome no país. Outras só têm o que comer por conta do Bolsa Família, que atualmente atende 14,6 milhões de pessoas e outros milhões estão na fila de espera.
A MP também acaba com o auxílio emergencial e vai deixar milhões de pessoas desassistidas em meio à pandemia causada pelo coronavírus. Em abril de 2020, 68 milhões de brasileiros recebiam as parcelas do benefício. Mas o governo cortou milhões de pessoas. Sem esquecer da parcela da população que não conseguiu receber nada desde o início da crise sanitária.
O país possui 42 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar grave, 15 milhões de desempregados e mais 6 milhões que nem sequer estão procurando emprego. A Covid-19 já matou mais de 563 mil brasileiros, mas Bolsonaro se preocupa em fazer propaganda. O governo fala em turbinar o novo programa e especula pagar R$ 300,00. Como se desse para pagar alguma coisa diante do custo de vida que não para de subir.
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