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/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Campanha expõe realidade de mães solo sem auxílio emergencial no Brasil

A percepção é de que os problemas de implementação do benefício atingem as mães que criam os filhos sozinhas de maneira ainda mais cruel - Catarina Barbosa/Brasil de Fato
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“Sem auxílio, mães solo não sabem o que dar para os filhos comer”, diz Paola Carvalho, da Campanha Renda Básica

A Campanha Renda Básica que Queremos reuniu informações sobre mais de mil mães solo que não conseguiram acesso ao auxílio emergencial e passam pela pandemia sem apoio desde o início da crise sanitária.

“Efetivamente hoje no Brasil a gente tem muitas mães solo que não sabem o que vão dar para os filhos comer porque não têm auxílio emergencial”, afirmou ao Brasil de Fato, a diretora de Relações Institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica, Paola Carvalho, que também é uma das organizações integrante da Campanha Renda Básica que Queremos.

Carvalho afirmou que o movimento vem apontando desde o ano passado para as denúncias de mães solo que não recebem o benefício. “Nós precisávamos achar um jeito de fazer o governo funcionar a partir das nossas denúncias. Seja por processo coletivo, por denúncias na imprensa ou por relatórios técnicos que apontassem para esse cenário. Por isso que nós começamos a sistematizar essas denúncias”, afirmou Carvalho.

A percepção é de que os problemas de implementação do benefício atingem às mães que criam os filhos sozinhas de maneira ainda mais cruel.

A campanha vem recebendo centenas de relatos que confirmam o cenário. Há casos de mulheres que receberam valores abaixo do que têm direito e até mesmo situações em que benefício foi bloqueado ou suspenso e situações em que elas estão com o cadastro pendente há meses.

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) afirmou que além de existir mães solo que tiveram o acesso ao auxílio emergencial negado ou bloqueado, aquelas que recebem conseguem um valor “irrisório” diante do aumento dos preços.

“É um valor absolutamente insuficiente em um momento em que a pandemia não passou. A pandemia segue. E o desemprego e o desalento sobretudo no caso das mulheres? É a menor participação das mulheres na População Economicamente Ativa (PEA) desde a década de 80. É um retrocesso gigante”, afirmou a parlamentar.

Para o grupo que organiza a campanha esses casos precisam ser revistos e corrigidos com urgência. Além disso, há a demanda para abertura de um canal de comunicação e contestação, com possibilidade de encaminhar documentos para facilitar a comunicação com o Ministério da Cidadania. Para pedir providências ao governo, o movimento enviou um ofício à pasta

Assista à entrevista na íntegra:

www.brasildefato.com.br

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