Idosos e crianças estavam no protesto, interrompido pela Tropa de Choque da Polícia Militar
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Indígenas do “Levante pela Terra” foram novamente reprimidos pela polícia quando se aproximavam pacificamente do Congresso Nacional para protestar contra o Projeto de Lei (PL) 490, previsto para entrar em votação na manhã desta terça-feira (22). Esse PL pode alterar as atuais regras para demarcação de terras indígenas.
É o segundo episódio de repressão sofrido pela mobilização. Na última quinta-feira (17), representantes de mais 35 povos originários faziam uma manifestação em frente ao prédio da Funai, quando foram atacados pela Polícia Militar (PM).
Desta vez, o grupo, que se encontra desde a semana passada acampado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi alvo de bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral.
Imagens divulgadas pela Associação dos Povos Indígenas Brasileiros (Apib) mostram manifestantes correndo dos policiais, que disparavam contra a multidão.
Há relatos de crianças e idosos que passaram mal ao inalar o gás lacrimogêneo. “Novamente fomos atacados com desrespeito, como se fossemos animais, uma discriminação muito grande contra os povos indígenas, afirmou Dário Vitório Kopenawa, do povo Yanomami, em transmissão ao vivo realizada pela Apib.
:: Entenda o “bolo de retrocessos” contra os indígenas que o PL 490 carrega ::
O PL 490, proposto pela bancada ruralista, ameaça anular as demarcações de Terras Indígenas, e viabilizar a abertura dos territórios protegidos para o garimpo.
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www.brasildefato.com.br /Murilo Pajolla