No Brasil e no mundo, os jovens são os mais afetados pelo desemprego crescente e permanente, faceta da atual crise econômica agravada pelas reformas trabalhistas de caráter neoliberal. Dados do IBGE apontam que os brasileiros na faixa dos 18 aos 24 anos, o número de desempregados chega a 28,1%, de acordo com o IBGE.
Essa realidade somada a cortes em programas de acesso ao ensino superior, os jovens têm os seus sonhos de emancipação sepultados. Diante desse quadro, buscam saídas na informalidade – que alcança 38% nessa mesma faixa etária. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) diz que essa é maior taxa desde 1991.
A estimativa sobre o índice brasileiro é mais de duas vezes superior à média internacional. Segundo a OIT, a situação brasileira só é equivalente às taxas registradas nos países árabes, que viram o desemprego desencadear uma importante crise política e social a partir de 2011.
A OIT indica que, entre as mais de 190 economias avaliadas pela OIT – dados de 2017 -, apenas 36 delas tem uma situação pior que a do Brasil para os jovens. Na Síria, por exemplo, a taxa de desemprego entre os jovens é de 30,6%, contra 34% no Haiti.
Futuro incerto
O cenário para os próximos anos não é dos melhores. A média geral de desemprego para os jovens deve aumentar em 2018. Para a OIT, essa geração enfrentará um “futuro incerto”, com salários sendo pagos em setores temporários.
Uma das constatações, porém, é de que aqueles com maior nível de escolaridade terão uma transição mais curta entre a escola e o mundo do trabalho. No Brasil, os índices mostram que aqueles apenas com escolaridade primária podem levar um tempo cinco vezes maior para encontrar um emprego que universitários.
Portal CTB – Com informações das agências