“Os trabalhadores mais pobres são os que mais precisam sair de casa pra conseguir trabalho”, afirmou o economista Marcelo Neri, diretor da FGC Social, com base em dados da Pnad Covid-19, apurados pela Fundação Getúlio Vargas social.
Os dados: entre os que têm renda superior a R$ 8.303,00, 28% puderam alterar o local de trabalho. Já aqueles com renda até R$ 8.803,00, apenas 7,5% conseguiram alterar o local de trabalho. Entre os que menos mudaram estão os trabalhadores na agricultura.
As condições de trabalho, durante a pandemia, também diferem conforme o grau educacional. A pesquisa mostra que 34% dos que possuem formação superior conseguiram alterar o local de trabalho para home office. Essa taxa cai para apenas 6,6% com relação às pessoas que têm apenas o ensino fundamental.
Ocupação
O levantamento da FGV Social mostra que a média nacional de ocupação caiu 9,5% em 2020. Poderia ter sido o dobro não fosse a MP 936, segundo Neri: “A queda na ocupação poderia ter sido o dobro não fosse o programa de redução de jornada e salário adotado”.
Auxílio
A condição dos mais pobres se agrava com o rebaixamento do valor do auxílio de R$ 600,00 pra R$ 250,00. A Folha de S.Paulo ouviu uma auxiliar de limpeza no extremo Sul da Capital paulista. Ela diz: “É usar pra comprar o gás, e o resto é alimento. Não vai dar pra pagar conta de luz e água”.
www.ctb.org.br / fonte: Agencia Sindical