Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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22 maranhenses são resgatados de situação análoga à escravidão no interior de SP

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Trabalhadores foram atraídos por gatos, que prometeram pagar R$ 120 por dia, pagavam R$ 70 e descontavam custo da passagem e de compra de colchões

Procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e auditores-fiscais resgataram 22 trabalhadores que foram recrutados no Maranhão para trabalhar em condições análogas à escravidão no plantio de cana-de-açúcar, em Ituverava, interior de São Paulo.

De acordo com o UOL, a operação foi iniciada no último dia 8, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, e encerrada nesta terça-feira (13), quando os trabalhadores receberam as verbas a que tinham direito e embarcaram de volta para casa.

Atraídos por falsas promesssas, como diária de R$ 120, os trabalhadores foram agenciados por um ‘gato’, como são conhecidos os empreiteiros de mão de obra para o trabalho na cana. Os gatos, que são os empregadores de fato, como no caso de empresas terceirizadas, pagavam apenas R$ 70 por dia porque descontavam o custo da passagem até São Paulo e até dos colchões do alojamento, local sem ventilação, sem cama e sem armário onde os 22 trabalhadores viviam amontoados.

A fiscalização mostrou ainda que faltavam equipamentos de proteção individual, galões de água e de marmita que, conforme a legislação, devem ser fornecidos pelo empregador sem custo para o empregado.

Além de serem multados pelo MPT, valor ainda não definido, os empregadores pagaram as verbas rescisórias, indenizações individuais e ainda custearam o traslado dos migrantes de volta ao Maranhão.

www.cut.org.br

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